JUSTIÇA – Ministra Cármen Lúcia reformula voto sobre medidas ambientais de Bolsonaro e sugere ampliar prazo para cumprir metas na Amazônia

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, surpreendeu nesta quinta-feira ao reformular seu voto em relação às medidas ambientais adotadas pelo governo de Jair Bolsonaro. O caso que começou a ser julgado em 2022 retomou a atenção na tarde de hoje, com a ministra propondo a ampliação do prazo para o governo cumprir as metas de desmatamento da Amazônia, por meio da quinta fase do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm).

Essa mudança de posicionamento de Cármen Lúcia ocorreu diante do processo de “reconstitucionalização ambiental” do atual governo, que apresentou redução nos níveis de desmatamento. Diante disso, a ministra sugeriu a ampliação do prazo para o cumprimento das metas, uma decisão que deve ser definida na retomada do julgamento no dia 13 de março.

Além disso, a ministra votou para que o andamento das ações do PPCDAm seja comunicado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e para que verbas do Fundo Amazônia sejam liberadas. Cármen Lúcia destacou a importância do compromisso do Estado brasileiro em garantir um meio ambiente ecologicamente equilibrado, independentemente do governo vigente.

O ministro André Mendonça também votou a favor de medidas de proteção da Amazônia, porém não reconheceu o “estado de coisas inconstitucional”. O julgamento das ações protocoladas por sete partidos durante o governo Bolsonaro, que pediam a efetiva execução do PPCDAm pelas autoridades ambientais, segue em pauta no STF.

Em resumo, a decisão da ministra Cármen Lúcia de reformular seu voto e propor a ampliação do prazo para o cumprimento das metas de desmatamento na Amazônia reflete a atenção e preocupação do judiciário brasileiro com a questão ambiental. Esse posicionamento pode impactar diretamente as políticas públicas e ações do governo federal no que diz respeito à preservação da Amazônia e do meio ambiente como um todo. O desfecho desse julgamento promete ser marcante e relevante para o futuro ambiental do país.

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