Marcelo Arruda, que era filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e atuava como tesoureiro do partido em Foz do Iguaçu, foi surpreendido e morto a tiros por Jorge Guranho durante uma celebração de aniversário com temática petista. O crime ocorreu poucos meses antes das eleições presidenciais de 2022, deixando sua família e a comunidade consternada.
O acordo homologado pela Justiça prevê o pagamento de indenização por dano moral e pensões devidas aos filhos de Arruda, com valores proporcionais de acordo com a idade de cada um. A decisão foi alcançada após a Advocacia-Geral da União (AGU) e a defesa da família concordarem com os termos mediados pela 2ª Vara Federal de Foz de Iguaçu, marcando um passo significativo em busca de justiça para a família do guarda municipal assassinado.
A AGU afirmou que a indenização paga pela União levou em consideração a condição de agente público de Jorge Guranho, que usou uma arma de propriedade da União para cometer o crime. Além disso, a Constituição estabelece que os entes públicos são civilmente responsáveis por danos causados por seus agentes, e a AGU pretende processar Guranho de modo regressivo para que ele arque com a indenização.
Para além das questões legais e financeiras, a trágica morte de Marcelo Arruda provocou uma comoção na cidade de Foz do Iguaçu e levantou debates sobre a polarização política e a violência no Brasil. Imagens de câmeras de segurança mostraram o invasor armado declarando seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro antes de atirar contra Arruda, que conseguiu revidar, atingindo Guranho, mas acabou perdendo a vida.
Atualmente, Jorge Guranho está preso preventivamente aguardando julgamento pelo Tribunal do Júri, onde enfrentará acusações de homicídio qualificado. A comunidade local e a família de Marcelo Arruda aguardam ansiosamente por justiça e a responsabilização do agente penitenciário pelo terrível crime que tirou a vida de um ente querido e chocou a população de Foz do Iguaçu.