JUSTIÇA – Governo busca entendimento com STF sobre correção do FGTS enquanto julgamento sobre uso da TR é adiado.

O governo está em busca de um entendimento com o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o índice de correção do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), de acordo com o advogado-geral da União, Jorge Messias. O STF retomará o julgamento sobre a legalidade do uso da Taxa Referencial (TR) para correção das contas do fundo no dia 8 de novembro.

Messias expressou a preocupação do governo com o impacto desse julgamento, principalmente em relação à sustentabilidade no Sistema Financeiro de Habitação. Ele afirmou que tem apresentado ao Supremo as preocupações do governo e que já apresentou os cálculos sobre a correção para os ministros da Corte.

O presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça, Luís Roberto Barroso, afirmou que não poderia comentar sobre um assunto que está em andamento no Supremo, mas assegurou que a Corte buscará a melhor solução para a questão.

A causa do julgamento no Supremo é uma ação protocolada em 2014 pelo partido Solidariedade. Eles defendem que a correção pela TR, com rendimento próximo de zero por ano, não remunera adequadamente os correntistas, perdendo para a inflação real.

O FGTS foi criado em 1966 para substituir a garantia de estabilidade no emprego e funciona como uma poupança compulsória e proteção financeira contra o desemprego. Caso o empregado seja dispensado sem justa causa, ele recebe o saldo do FGTS, acrescido de uma multa de 40% sobre o montante.

A posição do governo pela extinção da ação é defendida pela Advocacia-Geral da União (AGU). A AGU alega que as leis 13.446/2017 e 13.932/2019 estabeleceram a distribuição de lucros aos cotistas, o que, segundo o órgão, invalida a argumentação de que a aplicação da TR gera remuneração menor que a inflação real.

O governo tem a preocupação de encontrar uma solução que preserve a higidez do Sistema Financeiro da Habitação e garanta o poder de compra do trabalhador. O objetivo é encontrar um entendimento que seja satisfatório para todas as partes envolvidas.

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