JUSTIÇA – Família de vítima de falta de oxigênio em Manaus será indenizada em R$ 1,4 milhão após decisão da Justiça Federal.

A decisão da Justiça Federal no Amazonas de que os familiares de uma mulher que faleceu durante a pandemia de covid-19 devem ser indenizados em R$ 1,4 milhão em função da falta de oxigênio na cidade de Manaus em 2021, gerou grande repercussão. A sentença determina que o pagamento da quantia deverá ser dividido entre os governos federal e estadual, além da prefeitura de Manaus. No entanto, vale ressaltar que a decisão ainda cabe recurso.

A vítima, Leoneth Cavalcante de Santiago, faleceu no dia 15 de janeiro de 2021, após não conseguir uma vaga em uma UTI devido à falta de oxigênio. A família obteve uma liminar da Justiça para garantir o tratamento intensivo, no entanto, a decisão não foi cumprida devido ao falecimento de Leoneth.

A ação movida pelos familiares alega que a morte de Leoneth ocorreu durante o colapso no fornecimento de oxigênio para o Amazonas, o que também resultou em diversos óbitos de pacientes no estado. Eles ainda argumentam que é obrigação dos governos garantir os serviços essenciais para a assistência à saúde e solicitaram o pagamento de indenização, assim como a responsabilização dos governos federal, estadual e municipal pela morte.

A juíza Jaiza Maria Fraxe, responsável por julgar o caso, destacou a omissão dos governos em abastecer adequadamente as unidades de saúde com oxigênio e garantir leitos de UTI, determinando a indenização de R$ 1,4 milhão. Em sua decisão, a juíza ressaltou o sofrimento e a revolta da família diante da perda de Leoneth, afirmando que a situação foge ao simples dissabor do dia a dia.

A decisão judicial levanta discussões sobre a responsabilidade do poder público na garantia de condições adequadas para o atendimento de pacientes, especialmente em meio a uma crise de saúde pública como a pandemia de covid-19. O caso continua atraindo atenção e pode gerar desdobramentos significativos no âmbito jurídico e político.

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