A defesa de Delgatti havia protocolado um habeas corpus preventivo no STF, solicitando que ele pudesse se manter calado durante o interrogatório na CPMI. Fachin acatou o pedido e afirmou que o hacker também poderá ser assistido por seu advogado durante o depoimento. Além disso, o ministro garantiu que Delgatti não poderá sofrer constrangimentos físicos ou morais diante das perguntas dos parlamentares.
A prisão de Delgatti ocorreu no início deste mês pela Polícia Federal (PF), em decorrência da investigação sobre a invasão aos sistemas eletrônicos do CNJ. A PF está apurando se o hacker agiu a mando da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que vem sendo investigada nesse contexto. Segundo as investigações, Delgatti teria emitido um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Antes de prestar depoimento na CPMI, Delgatti foi ouvido pela PF em Brasília. Ele estava detido em Araraquara (SP) e foi transferido para a capital federal para ser interrogado sobre a sua suposta participação nos ataques virtuais ao Poder Judiciário.
É importante ressaltar que o silêncio de Delgatti durante o depoimento na CPMI não implicará em sua culpabilidade. Trata-se de um direito assegurado pela Constituição, que garante ao indivíduo o direito de não produzir provas contra si mesmo.
As investigações sobre os ataques virtuais ao Poder Judiciário seguem em andamento, e a participação de Delgatti e de outras pessoas envolvidas ainda será apurada. A CPMI busca esclarecer os fatos relacionados aos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro e identificar os responsáveis por essas ações.
O depoimento de Delgatti na CPMI dos Atos Golpistas de 8 de janeiro será um importante momento para a investigação dos acontecimentos, permitindo uma melhor compreensão dos fatos e contribuindo para a elucidação desse caso complexo.