JUSTIÇA – Ex-assessor de Bolsonaro nega saída do país antes de atos golpistas em depoimento à PF, revela ministro do STF

O ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins, negou categoricamente ter deixado o país um mês antes dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em seu depoimento à Polícia Federal (PF), Martins afirmou que estava no Brasil no final de 2022 e fez questão de ressaltar que não teve qualquer participação na elaboração da minuta de golpe de Estado que teria sido produzida durante o governo de Bolsonaro.

Apesar de estar detido desde 8 de fevereiro em decorrência das investigações, Martins se defendeu, alegando que viajou de Brasília para Curitiba no dia 31 de dezembro de 2022, comprovando sua presença no país na época em questão. A PF suspeitava que ele tivesse deixado o Brasil no avião presidencial junto com Bolsonaro com destino a Orlando, nos Estados Unidos, nos últimos dias do mandato do ex-presidente.

Diante das acusações, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo de parte dos depoimentos e solicitou ao Aeroporto de Brasília imagens do embarque de Filipe Martins e informações sobre o voo à companhia Latam. Em resposta, a defesa do ex-assessor enviou ao ministro uma cópia do comprovante de embarque no dia indicado no depoimento, buscando desqualificar as suspeitas levantadas pelas autoridades.

O caso segue sendo investigado de forma rigorosa e aprofundada, com Moraes como relator das investigações. A polêmica envolvendo Martins coloca em destaque a tensão política existente no Brasil e a polarização que tem marcado o cenário nacional nos últimos anos. A negação do ex-assessor em relação às acusações e a apresentação de provas por sua defesa irão influenciar diretamente no desenrolar desse caso que tem gerado repercussão em todo o país.

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