O sigilo sobre o relatório da PF foi retirado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após parte do documento ser divulgado pelo portal G1. O relatório aponta que Bolsonaro agiu conscientemente ao determinar a inserção de informações falsas nos sistemas do Ministério da Saúde para se beneficiar da falsificação do certificado de vacinação.
Bolsonaro sempre negou ter tomado a vacina contra a Covid-19 e afirmou: “Não existe adulteração da minha parte, eu não tomei a vacina”. No entanto, a PF aponta que Mauro Cid teria inserido informações falsas nos sistemas do Ministério da Saúde para facilitar a entrada nos Estados Unidos, burlando exigências sanitárias de ambos os países, que exigiam a vacinação para cruzar a fronteira.
O relatório da PF também relaciona a falsificação do cartão de vacinação de Bolsonaro com a tentativa de golpe em janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas. O delegado responsável pelo caso aponta que a fraude no documento estaria ligada à possível solicitação de permanência em outro país.
A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu anteriormente que o registro de imunização contra a Covid-19 no cartão de vacinação de Bolsonaro é falso. O relatório da PF será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), que decidirá se apresenta denúncias no caso.
A defesa de Bolsonaro criticou a divulgação do indiciamento e apontou vazamentos de informações. A Agência Brasil tentou contato com a defesa de todos os envolvidos no caso, mas não obteve resposta. Este é o resumo do caso que envolve o presidente e mais 16 pessoas indiciadas por crimes relacionados à falsificação do certificado de vacinação para Covid-19.