Dentre os depoimentos solicitados pela Gol, estavam dirigentes de alto escalão da Latam, incluindo o presidente da Latam Brasil, presidente global da Latam, diretor financeiro e vice-presidente de Frota e Projetos. Todos os depoimentos serão confidenciais, e apenas advogados das duas partes poderão ter acesso.
A Gol alega que desde sua recuperação judicial nos Estados Unidos, tomou conhecimento de que a Latam estava tentando adquirir seus arrendadores, aviões e pilotos, distorcendo a capacidade financeira da Gol e prejudicando suas operações. A empresa aérea anexou um e-mail de um executivo da Latam a lessores, no qual a empresa chilena reforça que continua “buscando por aeronaves”. A Latam também divulgou vagas de empregos para pilotos, registradas em 29 de janeiro, nas quais afirmava buscar profissionais para atuar no Brasil.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o CEO da Latam, Jerome Cadier, sugeriu que a Latam poderia colocar aviões parados da Gol para voar, o que, para a Gol, seria uma tentativa de se aproveitar da situação da concorrente. A empresa brasileira alega que a conduta da Latam pode estar em desacordo com a lei de falências dos EUA e das proteções legais relativas aos ativos da empresa.
A decisão da Justiça de Nova York representa um avanço para a Gol e permite que as ações da concorrente sejam esclarecidas. A Gol declarou estar satisfeita com a decisão, enquanto a Latam afirmou não ter informações adicionais sobre o caso no momento, reencaminhando uma nota anterior na qual alega que está em contato com partes interessadas visando garantir a capacidade necessária para atender às necessidades contínuas e de longo prazo. A batalha no céu do mercado aéreo brasileiro promete continuar.