A nomeação de Barbosa foi alvo de críticas por parte da área de inteligência da Polícia Civil, que havia contraindicado seu nome para o cargo. No entanto, o general Walter Braga Netto, comandante da intervenção federal, manteve sua posição e assegurou que Barbosa assumisse a chefia da Polícia Civil fluminense.
O general Braga Netto, que se tornou ministro e candidato à Vice-Presidência em 2022, está sendo investigado por suposto envolvimento em um golpe de Estado para impedir a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de atos golpistas posteriores.
Barbosa, por sua vez, é suspeito de receber propina para obstruir as investigações do assassinato de Marielle Franco e teria conhecimento do crime, garantindo impunidade aos envolvidos. Suas ações durante a investigação, como plantar informações falsas e fornecer pistas enganosas, levantam questionamentos sobre sua conduta ética e profissional.
O ex-chefe da Polícia Civil do Rio também é apontado por ter realizado reuniões com parlamentares do PSOL, partido de Marielle Franco, dando a entender que estava no caminho certo para esclarecer o crime, quando na verdade estaria atuando para proteger os mandantes.
Diante desses fatos, o caso de Rivaldo Barbosa suscita debates sobre a conduta de autoridades e agentes públicos, bem como a credibilidade das instituições de segurança no estado do Rio de Janeiro. A prisão do delegado evidencia a complexidade e as ramificações do caso Marielle, que continua sem uma resposta definitiva sobre os responsáveis pelo crime que chocou o país em 2018.