JUSTIÇA – Delegado nomeado por general durante intervenção federal no Rio é preso pela Polícia Federal em operação contra corrupção.

O caso envolvendo o delegado Rivaldo Barbosa, preso pela Polícia Federal neste domingo (24), traz à tona uma série de informações relevantes sobre a sua trajetória e atuação no comando da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Nomeado chefe da instituição em março de 2018, Barbosa tomou posse cinco dias antes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em um contexto marcado pela intervenção federal na segurança pública do estado.

A nomeação de Barbosa foi alvo de críticas por parte da área de inteligência da Polícia Civil, que havia contraindicado seu nome para o cargo. No entanto, o general Walter Braga Netto, comandante da intervenção federal, manteve sua posição e assegurou que Barbosa assumisse a chefia da Polícia Civil fluminense.

O general Braga Netto, que se tornou ministro e candidato à Vice-Presidência em 2022, está sendo investigado por suposto envolvimento em um golpe de Estado para impedir a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de atos golpistas posteriores.

Barbosa, por sua vez, é suspeito de receber propina para obstruir as investigações do assassinato de Marielle Franco e teria conhecimento do crime, garantindo impunidade aos envolvidos. Suas ações durante a investigação, como plantar informações falsas e fornecer pistas enganosas, levantam questionamentos sobre sua conduta ética e profissional.

O ex-chefe da Polícia Civil do Rio também é apontado por ter realizado reuniões com parlamentares do PSOL, partido de Marielle Franco, dando a entender que estava no caminho certo para esclarecer o crime, quando na verdade estaria atuando para proteger os mandantes.

Diante desses fatos, o caso de Rivaldo Barbosa suscita debates sobre a conduta de autoridades e agentes públicos, bem como a credibilidade das instituições de segurança no estado do Rio de Janeiro. A prisão do delegado evidencia a complexidade e as ramificações do caso Marielle, que continua sem uma resposta definitiva sobre os responsáveis pelo crime que chocou o país em 2018.

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