O juiz da Suprema Corte do condado de Fulton, Scott McAfee, explicou que a decisão não implica no descarte de todas as acusações, mas sim em uma revisão de detalhes para permitir que os acusados possam se defender adequadamente. O processo original incluía 41 acusações contra 19 réus, com quatro réus já se declarando culpados. Entre estes réus estão três ex-advogados de campanha de Trump.
Uma das acusações rejeitadas nesta quarta-feira está relacionada a uma ligação feita por Trump para pressionar o secretário de Estado da Geórgia a “encontrar votos” para mudar o resultado do pleito a seu favor. O republicano perdeu para Biden na Geórgia por uma pequena margem de votos.
Mesmo com essa decisão favorável, a acusação de racketeering sob a Lei de Organizações Influenciadas e Corruptas ainda permanece contra todos os réus, incluindo Trump. Esta acusação se baseia em atos evidentes realizados por vários réus para promover uma conspiração criminosa.
A promotoria se posicionou contrária a comentar a decisão desta quarta-feira, enquanto o advogado de Trump no caso afirmou que a acusação contra o ex-presidente é política e não apresenta alegações específicas de crimes.
Além disso, a decisão de McAfee não está relacionada ao esforço da defesa dos acusados para desqualificar a promotora encarregada do caso, que foi acusada de má conduta por suposto relacionamento com outro promotor. A expectativa é que uma decisão sobre a desqualificação ou não da promotora aconteça ainda esta semana.
Enquanto isso, Trump enfrenta acusações federais por conspirar contra os resultados das eleições de 2020, com o julgamento em suspenso aguardando uma decisão da Suprema Corte sobre sua imunidade penal. A saga judicial envolvendo Trump e a eleição presidencial americana continua a evoluir, mantendo o ex-presidente no centro das atenções.