Oito réus serão julgados por suas responsabilidades nas mortes. Eles estão sendo acusados de incêndio culposo qualificado pelos resultados de morte e lesão grave. Dois desses réus, Edson Colman da Silva, técnico em refrigeração, e Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, estiveram presentes na audiência. Já os outros dois réus, Antonio Marcio Mongelli Garotti, ex-diretor financeiro do clube, e Marcelo Maia de Sá, engenheiro do Flamengo, não compareceram ao evento. Além disso, quatro dos réus ligados à empresa responsável pelos contêineres também estiveram ausentes: Claudia Pereira Rodrigues, Danilo da Silva Duarte, Fabio Hilario da Silva e Weslley Gimenes.
Apesar da ausência de seis réus, o juiz decretou revelia, o que significa que o processo seguirá adiante mesmo sem a presença dos acusados. Vale ressaltar que essa decisão não altera o ônus da prova.
O incêndio ocorreu durante a noite, no alojamento das categorias de base, que era composto por contêineres. Apesar de muitos atletas terem conseguido escapar com vida, infelizmente, 10 jovens jogadores foram vítimas do trágico incidente: Athila Paixão, de 14 anos; Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, de 14 anos; Bernardo Pisetta, de 14 anos; Christian Esmério, de 15 anos; Gedson Santos, de 14 anos; Jorge Eduardo Santos, de 15 anos; Pablo Henrique da Silva, de 14 anos; Rykelmo de Souza Vianna, de 16 anos; Samuel Thomas Rosa, de 15 anos; e Vitor Isaías, de 15 anos.
Essa audiência marca um importante momento no processo, já que é a primeira vez que as partes envolvidas se encontram para apresentar suas versões dos fatos. A justiça busca esclarecer os responsáveis por esse triste acontecimento, que abalou o futebol brasileiro e trouxe à tona discussões sobre segurança e estrutura dos centros de treinamento dos clubes. Agora, cabe ao judiciário conduzir o processo de forma imparcial e buscar a verdade dos fatos, proporcionando um desfecho justo para as famílias das vítimas.