Juíza do TRT-12 de SC que gritou com testemunha durante depoimento pede afastamento por transtorno bipolar para tratamento de saúde.

A juíza substituta Kismara Brustolin, do Tribunal Regional do Trabalho da 12º Região (TRT-12), localizado em Santa Catarina, pediu afastamento para tratamento de saúde por transtorno bipolar, após o episódio em que gritou com uma testemunha que não a chamou de “Excelência” durante um depoimento na Vara de Trabalho de Xanxerê. O pedido foi concedido e é válido por 15 dias, conforme decisão do tribunal.

O TRT-12 já havia informado anteriormente que estava investigando os fatos envolvendo a juíza e que ela permaneceria afastada até o término do procedimento interno. “A suspensão da realização de audiências deverá ser mantida até a conclusão do procedimento apuratório de irregularidade ou eventual verificação de incapacidade da magistrada, com o seu integral afastamento médico”, informou o tribunal.

Brustolin será alvo de uma investigação interna e outra realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apurar eventuais irregularidades em sua conduta.

Segundo o jornal O Globo, não é a primeira vez que a magistrada é afastada dos serviços no tribunal por questões médicas. A publicação informa que Brustolin vem enfrentando uma série de afastamentos para tratamento de saúde ao longo dos anos, devido ao transtorno bipolar. De 2014 a 2021, a juíza apresentou atestados frequentes, com duração média de 30 dias cada, totalizando três atestados de 30 dias por ano, durante oito anos. No entanto, desde janeiro de 2022, houve o diagnóstico de estabilização da doença.

A investigação sobre Kismara Brustolin foi aberta após um vídeo viralizar nas redes sociais, no qual a juíza grita com um homem que prestava depoimento como testemunha. Irritada, a magistrada desconsidera o depoimento alegando falta de tratamento reverencial por parte do homem. O vídeo mostra o momento em que a magistrada exige da testemunha um tratamento reverencial, ameaçando desconsiderar completamente seu depoimento caso ele não a chame de “Excelência”.

Diante da repercussão do caso, o Estadão tentou obter um posicionamento da magistrada, por meio da assessoria de imprensa do TRT, porém, até o momento da publicação deste texto, não obteve retorno.

A juíza Kismara Brustolin, que gritou com a testemunha, tem um salário mensal de R$ 33 mil, e já recebeu R$ 297 mil em salários e penduricalhos somente neste ano, segundo informações divulgadas. O caso continua sendo acompanhado de perto pela sociedade e pelas instâncias judiciárias, e a expectativa é de que todas as medidas necessárias sejam tomadas para garantir a devida apuração dos fatos e a responsabilização caso necessário.

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