Jovem morre após ingerir bombom envenenado com agrotóxicos, aponta laudo da Polícia Científica de Alagoas

Foi confirmada pela Polícia Científica que a morte da jovem Fernanda Silva Valoz da Cruz Pinto, de 27 anos, no dia 4 deste mês, em Maceió, foi provocada após ela ingerir um bombom envenenado com substâncias agrotóxicas. A conclusão consta de laudo produzido pelo Instituto de Criminalista de Alagoas e divulgado nesta quarta-feira (27) à imprensa.

Desconfiada do possível envenenamento, depois da morte, a família da vítima registrou Boletim de Ocorrência na Central de Flagrantes da Polícia Civil. Conforme a denúncia, Fernanda passou mal após comer, no dia 3 de setembro, um bombom entregue por uma desconhecida, no Centro de Maceió.

Apresentando dores estomacais, vômito, sangramento pelo nariz e salivação excessiva ela foi socorrida para a Santa Casa de Misericórdia, onde faleceu na madrugada do dia seguinte.

Como a mulher também sofria de úlcera e gastrite, cujos alguns sintomas podem se assemelhar a casos de intoxicação alimentar, o óbito foi registrado como morte a esclarecer, e o corpo levado do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) para o IML de Maceió.

O chefe do Laboratório de Química e Toxicologia, perito criminal Thalmanny Goulart, responsável pelo exame, explicou que a unidade laboratorial do IC recebeu do IML de Maceió amostras de humor vítreo, sangue, conteúdo estomacal e urina coletadas durante o exame de necropsia para análise. Para chegar ao resultado final, o perito criminal analisou essas amostras usando o equipamento de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas.

“Infelizmente mais um caso envolvendo envenenamento pelas substâncias sulfotep e terbufós. Essas substâncias têm grande prevalência nos casos de envenenamento e intoxicação no Brasil e pelo seu fácil acesso, apesar de ser regulada pelo Ministério de Agropecuária, Pecuária e Abastecimento“, afirmou o chefe do laboratório.

Após o exame cadavérico, e coleta dos materiais biológicos necessários, o IML de Maceió solicitou ao Instituto de Criminalística, os exames complementares laboratoriais para concluir a causa da morte. O laudo emitido pelo Laboratório de Química e Toxicologia foi encaminhado para o IML e foi disponibilizado também para o 1º Distrito Policial, responsável pela investigação do caso.

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