A nova administração está buscando revisar os planos de pagamento que foram renegociados pelo ex-presidente peronista Alberto Fernández em 2020. Milei expressou otimismo de que as negociações serão bem-sucedidas, enfatizando que os cortes de despesas que seu governo já começou a implementar são mais desafiadores do que os exigidos pelo FMI. No entanto, o Fundo tem dúvidas sobre a capacidade da extrema direita de implementar com sucesso um plano ortodoxo e pró-mercado, especialmente diante das resistências nas ruas e dos conflitos com o Congresso e os tribunais.
A dívida de US$ 44 bilhões assumida por Macri rapidamente se tornou insustentável para a Argentina. O governo de Fernández concordou com um novo plano de pagamentos em troca de metas fiscais e monetárias. O programa atual teve sua última revisão aprovada em agosto, apesar do não cumprimento das metas estabelecidas. O FMI atribuiu essa falha a uma “seca sem precedentes e a desvios políticos”, e aprovou um novo desembolso. No entanto, uma nova revisão que deveria ter sido realizada em dezembro foi adiada devido à mudança de governo.
Além das questões relacionadas à dívida com o FMI, o governo de Milei tem enfrentado controvérsias domésticas, como uma medida cautelar contra a reforma trabalhista e anúncios de aumentos nas tarifas dos transportes públicos. Esses eventos complicam ainda mais o contexto político e econômico da negociação com o Fundo Monetário Internacional.
A Argentina está agora aguardando os resultados das negociações para determinar o rumo das relações com o FMI e o impacto que isso terá na economia e na política do país.