Javier Milei assume presidência argentina e negocia novo acordo com FMI para reverter crise econômica de US$ 44 bilhões.

Com a eleição do ultradireitista Javier Milei para a presidência da Argentina, o país está se preparando para uma nova fase nas relações com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Representantes da organização estão programados para se reunir com o governo em Buenos Aires nesta sexta-feira para discutir a possibilidade de reajustar o acordo que a Argentina mantém com o FMI desde 2018, quando o então presidente Mauricio Macri contraiu uma dívida de US$ 44 bilhões.

A nova administração está buscando revisar os planos de pagamento que foram renegociados pelo ex-presidente peronista Alberto Fernández em 2020. Milei expressou otimismo de que as negociações serão bem-sucedidas, enfatizando que os cortes de despesas que seu governo já começou a implementar são mais desafiadores do que os exigidos pelo FMI. No entanto, o Fundo tem dúvidas sobre a capacidade da extrema direita de implementar com sucesso um plano ortodoxo e pró-mercado, especialmente diante das resistências nas ruas e dos conflitos com o Congresso e os tribunais.

A dívida de US$ 44 bilhões assumida por Macri rapidamente se tornou insustentável para a Argentina. O governo de Fernández concordou com um novo plano de pagamentos em troca de metas fiscais e monetárias. O programa atual teve sua última revisão aprovada em agosto, apesar do não cumprimento das metas estabelecidas. O FMI atribuiu essa falha a uma “seca sem precedentes e a desvios políticos”, e aprovou um novo desembolso. No entanto, uma nova revisão que deveria ter sido realizada em dezembro foi adiada devido à mudança de governo.

Além das questões relacionadas à dívida com o FMI, o governo de Milei tem enfrentado controvérsias domésticas, como uma medida cautelar contra a reforma trabalhista e anúncios de aumentos nas tarifas dos transportes públicos. Esses eventos complicam ainda mais o contexto político e econômico da negociação com o Fundo Monetário Internacional.

A Argentina está agora aguardando os resultados das negociações para determinar o rumo das relações com o FMI e o impacto que isso terá na economia e na política do país.

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