A Spirit AeroSystems é responsável pela fabricação de fuselagens e outras peças estruturais de grande porte para aeronaves, incluindo o Boeing 737. Segundo o procurador, “defeitos aparentes de fabricação resultaram em inúmeros incidentes preocupantes ou perigosos” nos modelos 737. Ainda neste contexto de crise de segurança, houve a notícia de que o CEO da Boeing deixará a empresa no final de 2024, acrescentando mais uma camada de instabilidade à situação.
Recentemente, no início de janeiro, a Boeing enfrentou uma situação crítica quando uma porta da aeronave se soltou durante um voo em um 737 Max 9 da Alaska Airlines, causando ferimentos leves em alguns passageiros. Diante desses acontecimentos alarmantes, a Justiça solicitou à Spirit AeroSystems a apresentação de “documentos relativos ao tratamento de defeitos em seus produtos” e informações sobre o controle de qualidade das peças. A investigação também busca compreender a organização de tarefas e gestão da subsidiária.
O procurador Ken Paxton enfatizou sua determinação em responsabilizar qualquer empresa que não cumpra os padrões legais necessários para garantir a segurança dos passageiros. Essa iniciativa investigativa surge em um momento delicado para a Boeing, que já vinha se esforçando para se recuperar dos graves acidentes envolvendo seus aviões em anos anteriores, os quais resultaram na suspensão dos voos de seus modelos 737 Max por 20 meses.
A saída iminente do CEO e a pressão decorrente da investigação contra a Spirit AeroSystems são fatores que contribuem para a turbulência enfrentada pela Boeing no cenário atual. A busca por respostas e soluções efetivas se intensifica em meio a essas circunstâncias desafiadoras.
