Até o momento, o acesso ao combustível não foi autorizado no enclave palestino. Autoridades israelenses alegam que o Hamas tem combustível sob controle em Gaza e, portanto, não permitem a entrada de mais produtos. No entanto, representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) argumentam que, sem combustível, a ajuda humanitária na região será impossibilitada.
A URRWA é o maior fornecedor humanitário em Gaza e, caso o combustível não seja autorizado a entrar imediatamente, a agência ficará forçada a interromper todas as suas operações. Segundo o Escritório para Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), essa paralisação terá impactos significativos no acesso à água potável e no funcionamento dos hospitais, além de reduzir a operação de ajuda em andamento.
O diretor da UNRWA em Gaza, Thomas White, destacou a necessidade de encontrar uma solução para o combustível. Ele enfatizou que, caso contrário, a operação de ajuda será interrompida, o que afetaria negativamente a população local.
Outra crise em andamento é o apagão total de eletricidade em Gaza desde 11 de outubro. Isso tem levado os hospitais e as instalações de abastecimento de água a dependerem de geradores de reserva alimentados por combustível. O OCHA alertou que essa situação torna a população ainda mais vulnerável, principalmente devido à escassez de combustível.
Além do transporte de pessoas e mercadorias, a UNRWA utiliza combustível para operar equipamentos de dessalinização de água do mar nos abrigos. No entanto, dos três equipamentos de dessalinização existentes, apenas um deles está funcionando com apenas 7% da capacidade. Isso coloca em risco o abastecimento de água potável para a população de Gaza.
Outro setor afetado pela escassez de combustível é o das padarias, que fornecem pão para a população. Segundo o OCHA, essas padarias estão enfrentando dificuldades para atender à demanda de pão fresco e correm o risco de fechar. Longas filas têm se formado antes do amanhecer, destacando a urgente necessidade de soluções para a crise.
As autoridades israelenses afirmam que há um estoque suficiente de combustível em Gaza e acusam o Hamas de usar os insumos para fomentar a violência contra Israel. De acordo com a Embaixada de Israel no Brasil, hospitais e instituições em Gaza têm usado energia solar para funcionar. O governo israelense também ressaltou que o Hamas possui reservatórios de combustível espalhados pela Faixa de Gaza.
É importante destacar que, até o momento, não foi possível verificar independentemente as informações apresentadas neste relato, pois a fonte não foi mencionada. No entanto, a crise de combustível e seus impactos humanitários em Gaza são bem documentados e a situação é grave.