A crise de segurança pública no Equador, que já persiste há vários anos, é resultado da atuação de facções criminosas do narcotráfico. Nas últimas semanas, aproximadamente 13 pessoas perderam suas vidas em meio a motins, sequestros e confrontos.
Durante o encontro, os participantes aprovaram o encaminhamento de propostas que incluem o intercâmbio de informações de inteligência para o enfrentamento do crime organizado, a disponibilização de equipamentos de inteligência, o apoio na identificação dos presos do sistema penitenciário equatoriano e a oferta de cursos de desestruturação do crime organizado. Este último tema é uma das especialidades da PF brasileira. Todos os países irão envolver as propostas de cooperação policial à secretaria-executiva da Ameripol, que formalizará o envio ao Equador até no sábado (13).
Entre as forças policiais que participaram da reunião da Ameripol, estão a Gendarmeria Argentina, Polícia Federal do Brasil, Polícia Nacional do Equador, Polícia Boliviana, CICPC/Venezuela, Polícia Nacional do Uruguai, Polícia Nacional da Colômbia, Polícia Nacional do Peru e outras instituições.
Um dos temas discutidos durante a videoconferência foi a criação de uma adidância da PF brasileira no Equador, com a participação da ministra do Interior do Equador, Monica Palencia. A proposta visa estreitar a cooperação entre a PF e as forças policiais do país.
Além do diretor-geral Andrei Rodrigues, da PF, estiveram presentes na reunião o vice-presidente da Interpol para as Américas, Valdecy Urquiza, e Fábio Mertens, coordenador-geral de cooperação policial. Representantes do Ministério das Relações Exteriores e da Assessoria Especial da Presidência da República também participaram do encontro.
A Ameripol foi criada recentemente, sendo assinada em novembro do ano passado em Brasília. A entidade, com sede em Bogotá (Colômbia), atua como um mecanismo de cooperação e troca de informações entre as polícias e forças de segurança dos países das Américas.