O presidente Abbas ainda precisa aceitar a renúncia de Shtayyeh e poderá pedir para que ele permaneça como interino até que um substituto permanente seja nomeado. Shtayyeh, um economista acadêmico que assumiu o cargo em 2019, destacou a necessidade de novos arranjos governamentais e políticos que levem em consideração a realidade emergente na Faixa de Gaza, que foi devastada por intensos combates nos últimos meses.
A declaração de Shtayyeh também ressaltou a importância de estender a Autoridade Palestina sobre todo o território da Palestina, incluindo Gaza, cujo poder foi perdido para o Hamas em 2007. Fatah, facção que controla a Autoridade Palestina, e o Hamas têm buscado chegar a um acordo de unidade e devem se reunir em Moscou na quarta-feira (28) para discutir o futuro governo palestino.
Autoridades do Hamas afirmaram que a renúncia de Shtayyeh só fará sentido se houver um consenso nacional sobre os arranjos para a próxima fase política. Enquanto isso, Israel prometeu destruir o Hamas e não aceitará o governo da Autoridade Palestina sobre Gaza após o conflito, que resultou na morte de milhares de palestinos e israelenses.
Até o momento, quase 30 mil palestinos foram mortos nos combates em Gaza, de acordo com autoridades de saúde, e a maioria da população foi forçada a deixar suas casas. A situação na região permanece tensa, com esforços internacionais em andamento para alcançar um cessar-fogo e iniciar uma estrutura política que possa governar Gaza após a guerra. A renúncia de Shtayyeh marca um novo capítulo nesse processo de negociações e busca por consenso entre os palestinos.