INTERNACIONAL – Primeiro-ministro da Guiana pede à população que não compartilhe informações duvidosas sobre disputa territorial com Venezuela.

Recentemente, o primeiro-ministro da Guiana, Mark Anthony Phillips, emitiu um comunicado instando os guianenses a não compartilharem informações de origem duvidosa sobre a disputa territorial com a Venezuela. A Venezuela reivindica a posse de quase dois terços da Guiana e realizará um referendo neste domingo (3) para consultar a opinião da população sobre o direito venezuelano à região conhecida como Essequiba. Phillips alertou que algumas mensagens de fontes não oficiais podem espalhar medo e ansiedade desnecessários sobre a situação e pediu a todos os guianenses que permaneçam calmos e informados através dos canais oficiais.

O comunicado enfatizou que o governo da Guiana está trabalhando incansavelmente para garantir que os interesses de todos os cidadãos guianenses sejam salvaguardados, e encorajou todos a permanecerem calmos e racionais durante este período. Esta mensagem veio após a decisão da Corte Internacional de Justiça ordenar que a Venezuela se abstenha de realizar qualquer ação com o intuito de anexar parte do território da Guiana. Os juízes do principal órgão judicial da ONU também ordenaram que os dois países evitem qualquer iniciativa que agrave, amplie ou dificulte a resolução da disputa territorial que se arrasta desde pelo menos 1841.

O presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, que está participando da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima em Dubai, celebrou a decisão da corte internacional, afirmando que “a justiça, e não a força, deve ser o árbitro das disputas internacionais”. Ele também enfatizou que a sentença do tribunal não diz respeito ao julgamento sobre quem pertence a região de Essequibo, mas reconhece que, no momento, é a Guiana que administra e exerce controle sobre a área.

Por outro lado, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, defendeu a realização do referendo, afirmando que o povo venezuelano se unirá para defender a Essequibo e que não permitirão que ninguém lhes tire o que lhes pertence. A situação permanece tensa, e os governos dos dois países aguardam ansiosamente o desenrolar dos eventos. Independentemente disso, o apelo das autoridades da Guiana por calma e cautela parece ser o caminho mais sensato a ser seguido neste momento. A disputa territorial entre a Guiana e a Venezuela é um assunto delicado que precisa ser tratado com responsabilidade e respeito mútuo.

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