Durante seu discurso, Lula destacou a urgência em interromper a punição coletiva que o governo de Israel está impondo ao povo palestino, resultando em uma tragédia humanitária. O presidente brasileiro ressaltou a indiferença da comunidade internacional diante da situação chocante que o povo palestino está enfrentando, com pessoas morrendo na fila em busca de comida.
Nesta mesma semana, autoridades de saúde de Gaza relataram que soldados israelenses atiraram em pessoas que aguardavam por ajuda humanitária, resultando na morte de 104 palestinos. O governo brasileiro repudiou veementemente essa ação, classificando-a como “intolerável”.
Lula também fez um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, presente na reunião, para que invoque o Artigo 99 da Carta da ONU, que permite ao secretário-geral levar questões que ameacem a paz e a segurança internacional ao Conselho de Segurança. O presidente exortou os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU a deixarem suas diferenças de lado e trabalharem juntos para pôr fim à violência em Gaza.
Além disso, Lula aproveitou a oportunidade para abordar outros assuntos internacionais, como o conflito na Ucrânia e a crise no Haiti. Ele destacou a importância da reforma das organizações internacionais e a necessidade de mais recursos para iniciativas que realmente façam a diferença, como a construção de infraestrutura para facilitar a circulação de pessoas e mercadorias.
Durante a cúpula da Celac, Lula também ressaltou a importância da integração dos países latino-americanos e caribenhos, defendendo a união em prol do desenvolvimento e da influência nos grandes debates mundiais. Ele teceu elogios à região, destacando os potenciais econômicos e as riquezas dos países presentes.
A agenda de Lula incluiu reuniões bilaterais com outros líderes da região, como os presidentes da Venezuela e da Bolívia, bem como compromissos para assinatura de acordos e participação em eventos finais da cúpula da Celac. A expectativa era que a comitiva presidencial retornasse ao Brasil no início da madrugada do sábado (2), após uma série de encontros e discussões na cúpula.
