INTERNACIONAL – Prefeitos equatorianos solicitam proteção policial em meio à onda de violência no país, com 22 autoridades locais mortas desde 2023.

No Equador, a situação de violência generalizada está atingindo níveis alarmantes, com a solicitação de proteção policial por parte de quarenta e cinco prefeitos do país. Essa medida extrema foi tomada devido ao aumento do número de autoridades locais que foram mortas em circunstâncias violentas desde 2023, totalizando 22 vítimas, de acordo com informações do presidente da Associação de Municípios Equatorianos (AME).

A onda de violência que assola o Equador tem raízes na repressão nacional contra grupos criminosos, sendo que o próprio presidente Daniel Noboa declarou estado de emergência em janeiro diante do cenário preocupante. A designação de 22 gangues como grupos terroristas foi uma das medidas adotadas após a invasão de um canal de televisão em Guayaquil e o sequestro de mais de 100 agentes penitenciários por homens armados.

A situação se agravou no último fim de semana com a descoberta dos corpos da prefeita Brigitte Garcia e de Jairo Loor, seu diretor de comunicação, na província de Manabi. Ambos foram vítimas de homicídio por arma de fogo, evidenciando a periculosidade do ambiente em que autoridades locais estão inseridas.

O assassinato de Garcia, que era prefeita de San Vicente aos 27 anos, foi o segundo de um prefeito desde 2023. Agustin Intriago, prefeito de Manta, foi outra vítima, morto durante uma visita a um bairro da cidade em julho do ano passado.

Um dos relatos mais chocantes foi o de Galo Meza, prefeito de Balzar, na província de Guayas, que teve sua casa alvejada com 65 tiros na presença de sua esposa e filho. Esses incidentes são reflexo do clima de insegurança e violência que assola prefeitos em todo o país, levando muitos deles a recorrerem à segurança policial ou contratarem segurança privada.

O presidente da AME, Homero Castanier, destacou que os prefeitos estão enfrentando ameaças constantes e correndo risco de vida, em especial os que atuam em municípios costeiros, considerados mais vulneráveis a ataques. A penetração do crime organizado em diversos setores da sociedade, incluindo as instituições públicas, torna essencial a realização de análises de risco para proteger os gestores municipais.

Diante desse cenário de terror e violência, é crucial que as autoridades equatorianas ajam de forma enérgica para conter a criminalidade e garantir a segurança da população e dos representantes eleitos. A sociedade civil e as instituições públicas devem unir esforços para combater as quadrilhas e narcoterroristas que ameaçam a paz e a estabilidade do Equador.

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