INTERNACIONAL – Pedidos de asilo na União Europeia atingem nível mais alto desde a crise de 2015, com aumento de 18% em 2023

Os pedidos de asilo para a União Europeia aumentaram significativamente em 2023, atingindo o maior nível desde a crise migratória entre 2015 e 2016. De acordo com a Agência da União Europeia para o Asilo (EUAA), os pedidos aumentaram 18%, totalizando 1,14 milhão. Esse novo dado promete intensificar o debate sobre imigração e a ascensão da extrema-direita, especialmente diante das próximas eleições locais e nacionais em toda a Europa, bem como a campanha para o Parlamento Europeu.

Os sírios e afegãos continuam sendo os maiores grupos de solicitantes de asilo, porém, chama a atenção o aumento de 82% no número de pedidos feitos por cidadãos turcos em relação ao ano anterior. Além disso, os palestinos tiveram um recorde de quase 11.600 pedidos, influenciados pela guerra entre Israel e Hamas. Devido às várias visões políticas entre os países-membros da UE, é complicado registrar corretamente o número de solicitantes palestinos, já que a maioria não reconhece a Palestina como Estado.

A Alemanha continua sendo o principal destino para os requerentes de asilo, recebendo quase um terço de todos os pedidos. Por outro lado, o Chipre se destaca por receber o maior número de pedidos em termos relativos, com um pedido a cada 78 habitantes. Mesmo que os pedidos de asilo em 2023 estejam um pouco abaixo dos níveis de 2016, é importante ressaltar que 4,4 milhões de ucranianos buscaram refúgio na UE devido à invasão russa da Ucrânia – e não precisaram fazer um pedido formal.

A Agência de proteção de fronteiras da UE, Frontex, registrou recentemente o maior aumento de travessias irregulares desde 2016, o que tem gerado debates sobre as medidas necessárias para conter a imigração. A UE tem fortalecido suas fronteiras externas e reforçado suas leis de asilo desde a crise de 2015-2016, firmando acordos no Oriente Médio e no Norte da África com o objetivo de manter mais pessoas em seus países de origem.

Em dezembro, um acordo histórico foi alcançado para dividir de forma mais equilibrada o custo e o trabalho de acolher os imigrantes, além de limitar o número de chegadas. No entanto, muitos acreditam que essas regras ainda não são suficientes para lidar eficazmente com o problema da imigração na Europa. A expectativa é que as discussões e medidas sobre o tema continuem em pauta nos próximos meses.

Nesse sentido, a EUAA destaca a importância de se compreender e analisar esses dados de forma crítica, visando encontrar soluções eficazes para lidar com o fluxo migratório na região.

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