Marina Silva ressaltou que a presidência brasileira do G20 tem como objetivo mudar a percepção de que o fórum é um espaço fechado e restrito aos países do norte global, buscando criar pontes entre as diferentes nações. Ela também destacou a importância da participação da sociedade civil nas discussões, com o intuito de influenciar as decisões do G20.
O encontro online contou com cerca de 800 representantes da sociedade civil, que fizeram perguntas aos ministérios envolvidos. A presidente da Funai, Joenia Wapichana, afirmou que os temas debatidos serão de extrema importância para os povos indígenas, contribuindo com estratégias de proteção das terras indígenas e a necessidade de participação em discussões que beneficiem todo o planeta.
Durante o evento, a ONG Observatório do Clima questionou o motivo pelo qual o grupo de trabalho não incluiu como tema prioritário a transição para o fim da dependência de combustíveis fósseis. O embaixador André Corrêa do Lago explicou que esse assunto pode ser melhor debatido durante as Convenções Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Além disso, o tema da sustentabilidade ambiental e climática é tratado no G20 desde 2017 e faz parte da trilha de Sherpas do fórum, que supervisiona as negociações e forma a agenda da próxima cúpula dos chefes de Estado do G20. Durante o mandato do Brasil, estão previstas 120 reuniões de todos os grupos nos formatos virtual e presencial, visando alinhar os entendimentos sobre os temas. Um encontro presencial está agendado para junho, em Manaus.
A presidência rotativa do Brasil no G20 tem como intuito promover o diálogo e a colaboração entre países em desenvolvimento e desenvolvidos, buscando soluções para os desafios ambientais e climáticos em âmbito mundial. Com a participação ativa da sociedade civil, a intenção é influenciar as discussões e formulações de políticas públicas que terão impacto global.