INTERNACIONAL – Ministra Marina Silva defende valor inestimável da natureza em debates sobre precificação de serviços ecossistêmicos no 54º Fórum Econômico Mundial.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fez declarações enfáticas sobre a importância da natureza e a impossibilidade de “precificar” seus serviços durante sua participação no 54º Fórum Econômico Mundial, que está acontecendo em Davos, na Suíça. Em uma mesa de debates intitulada “Colocando um Preço na Natureza”, a ministra argumentou que a natureza fornece serviços incalculáveis que não podem ser mensurados em termos financeiros.

Marina Silva abordou um exemplo concreto ao mencionar que a Amazônia produz 20 bilhões de toneladas de água por dia, sendo que metade dessa água é utilizada pela floresta enquanto a outra metade é lançada na atmosfera. Isso, por sua vez, é responsável por 75% do Produto Interno Bruto (PIB) da América do Sul devido ao regime de chuvas. A ministra ressaltou que se fosse necessário bombear essa quantidade de água, seriam necessárias 50 mil usinas de Itaipu, o que evidencia o valor inestimável dos serviços ecossistêmicos da natureza.

Durante sua participação, Marina Silva expressou seu desconforto com a ideia de tentar “botar um preço na natureza” e argumentou que a palavra “valor” seria mais apropriada para o debate, pois a natureza possui valores que vão além do que pode ser precificado no estágio atual de desenvolvimento humano. Ela enfatizou que é preciso primeiro compreender o valor da natureza antes de tentar atribuir um preço a ela.

Além disso, a ministra anunciou que o Brasil trabalhará em uma força-tarefa do G-20 para desenvolver a ideia de pagamentos pelos serviços ecossistêmicos. Ela enfatizou a importância de preservar esses serviços para o bem do planeta e destacou que esse debate deve ser constante.

Dessa forma, Marina Silva reforçou a posição de que a natureza fornece serviços de valor inestimável que não podem ser reduzidos a uma quantia financeira. Ela ressaltou a necessidade de compreender e reconhecer o valor da natureza antes de tentar atribuir um preço a ela, enquanto o Brasil busca formas de preservar esses serviços por meio de acordos internacionais. A participação da ministra no Fórum Econômico Mundial foi marcada por posicionamentos firmes sobre a importância da preservação ambiental e foi destaque durante o evento.

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