Durante a sessão plenária ampliada, Lula ressaltou que a criação de uma moeda própria contribuiria para o aumento das condições de pagamento e para a diminuição das fragilidades das nações membros do Brics. Essa proposta visa a fortalecer ainda mais a cooperação entre os países, promovendo o desenvolvimento econômico conjunto.
Além disso, o presidente brasileiro enfatizou o interesse de outras nações em se unir ao Brics, o que evidencia a crescente relevância do bloco no cenário global. Essa adesão demonstra a confiança e o reconhecimento internacional das ações desenvolvidas pelos países membros.
No entanto, Lula não deixou de criticar os modelos atuais de financiamento global, que prejudicam as nações em desenvolvimento. Nesse contexto, ele ressaltou a importância do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do Brics, que pode oferecer alternativas de financiamento mais adequadas às necessidades dos países do Sul. Segundo ele, é inadmissível que os países em desenvolvimento sejam penalizados com juros muito superiores aos cobrados dos países ricos.
O presidente brasileiro defendeu a necessidade de ampliar a liquidez, aumentar o financiamento concessional e acabar com as condicionalidades impostas aos países menos desenvolvidos. Além disso, ele destacou a importância de revitalizar o sistema multilateral de comércio, tornando-o mais justo, previsível, equitativo e não discriminatório.
Por fim, Lula ressaltou a importância de promover a descarbonização das economias, mas sempre acompanhada pela geração de empregos dignos, industrialização, infraestrutura verde e serviços públicos para todos. Essas medidas visam conciliar o desenvolvimento sustentável com a qualidade de vida das populações envolvidas.
O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na XV Cúpula dos Brics reforça a relevância do bloco e as perspectivas de fortalecimento da cooperação entre as nações membros. A criação de uma moeda única e as críticas aos modelos de financiamento global demonstram o compromisso dos líderes do Brics com o desenvolvimento econômico conjunto e a superação das desigualdades entre os países.
