Autoridades dos governos de Israel e do grupo islâmico Hamas se reúnem hoje, 29 de Novembro, para discutir a vigência de um novo acordo de trégua na Faixa de Gaza. Um dos pontos em discussão é a libertação de todos os reféns capturados pelo grupo islâmico, homens e militares, e não apenas mulheres e menores, como ocorreu na primeira fase da trégua.
Ontem, os líderes da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) e do Mossad de Israel se reuniram em Doha com o primeiro-ministro do Catar para debater a durabilidade de um novo cessar-fogo. Os negociadores do Catar também se reuniram com autoridades do Hamas para avaliar a disposição do grupo em concordar com os novos parâmetros. No entanto, o resultado dessa discussão ainda não foi divulgado.
O diretor da CIA, William Burns, participou das reuniões em Doha e um representante dos Estados Unidos afirmou que o encontro teve como tema também as discussões sobre a situação dos reféns. Além disso, Burns, David Barnea, chefe do serviço de inteligência israelense Mossad, e o primeiro-ministro do Catar, Mohammed Bin Abdulrahman al-Thani, se reuniram com autoridades egípcias para tratar do assunto. O encontro ocorreu após o Catar anunciar a prorrogação do acordo de trégua de quatro dias em Gaza.
O Catar, país onde vários líderes políticos do Hamas estão baseados, tem liderado as negociações entre o grupo militante palestino e Israel. A pausa trouxe a primeira trégua para a Faixa de Gaza em sete semanas.
Durante os primeiros quatro dias da trégua, os combatentes do Hamas libertaram 50 mulheres e crianças israelenses que haviam sido feitas reféns. Em troca, Israel libertou 150 detentos de suas prisões, todos mulheres e adolescentes. Como parte da ampliação de dois dias da trégua, o Hamas concordou em libertar mais dez mulheres e crianças israelenses por dia. No entanto, até o momento, não há indícios de que o Hamas esteja disposto a libertar qualquer homem ou militar israelense entre os capturados.
Oficiais de Israel prometeram destruir o Hamas, que governa Gaza. Autoridades de saúde do território afirmam que o bombardeio israelense já matou mais de 15 mil pessoas, cerca de 40% delas crianças.
O próximo passo é aguardar o desenrolar das negociações entre os líderes de Israel e do Hamas, bem como das mediações realizadas pelo Catar. A esperança é de que um novo acordo de trégua mais duradouro e abrangente seja alcançado para a região de Gaza.
