INTERNACIONAL – “Israel ataca distrito de Gaza, atinge igreja cristã e prepara invasão enquanto Biden pede apoio para combater o Hamas”

No último dia 20, um ataque de Israel devastou um distrito do Norte de Gaza, após o governo dar um aviso de 30 minutos para as famílias evacuarem, atingindo também uma igreja cristã ortodoxa onde pessoas estavam abrigadas. Esse ataque deixou claro que um comando para invadir Gaza era esperado em breve.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que retornou recentemente de uma viagem a Israel para demonstrar seu apoio ao país, fez um pedido aos norte-americanos em um discurso televisionado. Ele pediu autorização para gastar bilhões de dólares adicionais para ajudar Israel a combater o Hamas, que segundo ele, busca “aniquilar” a democracia de Israel.

Israel prometeu exterminar o grupo islâmico Hamas, que governa Gaza, após seus membros romperem a barreira que cerca a Faixa de Gaza e atacarem cidades e kibbutz israelenses, resultando em mais de 1,4 mil pessoas mortas, a maioria civis.

Durante uma reunião na fronteira com Gaza, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse às tropas que elas iriam invadir a região em breve. Desde então, Israel tem bombardeado Gaza com ataques aéreos e colocou um cerco total, proibindo até mesmo o envio de alimentos, combustível e suprimentos médicos. De acordo com autoridades palestinas, desde o início dos conflitos em 7 de outubro, 3.785 palestinos foram mortos, incluindo mais de 1,5 mil crianças, e mais de um milhão de pessoas ficaram desabrigadas.

Israel já ordenou a evacuação de todos os civis da metade Norte da Faixa de Gaza, incluindo a Cidade de Gaza. No entanto, muitas pessoas se recusam a sair temendo perderem tudo e não terem um lugar seguro para ir, já que as áreas do Sul também estão sendo atacadas.

Nesse contexto, a Igreja de São Porfírio, na Cidade de Gaza, foi atingida durante os ataques israelenses. O Patriarcado Ortodoxo de Jerusalém, principal organização cristã palestina, afirmou que a igreja estava sendo usada como abrigo para centenas de cristãos e muçulmanos. Um video mostrou um menino ferido sendo resgatado dos escombros durante a noite. O escritório do governo do Hamas em Gaza afirmou que 18 palestinos cristãos foram mortos. O Patriarcado Ortodoxo condenou o ataque, classificando-o como um “crime de guerra que não pode ser ignorado”.

No entanto, o Exército israelense alegou que parte da igreja foi danificada em um ataque a um centro de comando militante. O conflito também tem se espalhado para outras duas frentes: Cisjordânia e a fronteira norte com o Líbano. Na Cisjordânia, 13 pessoas foram mortas após as tropas israelenses invadirem e realizarem ataques aéreos no campo de refugiados de Nur Shams, perto de Tulkarm.

Enquanto a situação se agrava, líderes ocidentais oferecem apoio a Israel na campanha contra o Hamas. No entanto, cresce o desconforto com a situação dos civis em Gaza, que continuam sem receber a ajuda prometida. Israel afirmou que não permitirá a entrada de ajuda em Gaza até que mais de 200 reféns capturados pelo Hamas sejam libertados. Biden assegurou que Israel permitirá que alguma ajuda entre em Gaza pelo Egito, desde que seja monitorada para garantir que não chegue ao Hamas. No entanto, até o momento, os caminhões com a ajuda humanitária permanecem parados no lado egípcio da passagem.

O conflito deixa a comunidade internacional preocupada e teme-se que possa se espalhar ainda mais. Recentemente, o Pentágono informou que navios de guerra interceptaram mísseis lançados pelo movimento Houthi no Iêmen, potencialmente em direção a Israel. Essa ação é de grande preocupação, pois Houthi, Hamas e Hezbollah são apoiados pelo Irã, que elogiou os ataques do Hamas contra Israel, embora negue estar por trás deles.

Enquanto isso, a população de Gaza sofre com os impactos desse conflito, que já resultou em inúmeras mortes e na destruição de casas e infraestrutura básica. A ajuda humanitária é essencial nesse momento difícil, mas sua chegada está bloqueada. Autoridades internacionais e líderes mundiais precisam intensificar os esforços para resolver o conflito de maneira pacífica e garantir o acesso à ajuda humanitária para aqueles que mais necessitam.

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