INTERNACIONAL – Historiadora norte-americana Claudia Goldin ganha Prêmio Nobel de Economia de 2023 por estudo sobre desigualdade salarial entre homens e mulheres.

A historiadora econômica norte-americana Claudia Goldin foi anunciada nesta segunda-feira (9) como a ganhadora do Prêmio Nobel de Economia de 2023. O prêmio foi concedido em reconhecimento ao seu trabalho sobre a desigualdade salarial entre homens e mulheres ao longo da história. A Academia Real de Ciências da Suécia, responsável pela seleção dos premiados, divulgou em comunicado que Goldin forneceu o primeiro relato abrangente dos ganhos e da participação das mulheres no mercado de trabalho ao longo dos séculos. Além disso, sua pesquisa revelou as causas da mudança e as principais fontes da disparidade de gênero remanescente.

O prêmio, formalmente conhecido como Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, é o último da safra de prêmios Nobel deste ano. Ele vale 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a pouco menos de US$ 1 milhão. Goldin é a terceira mulher a receber o Nobel de Economia desde a sua criação.

A historiadora é conhecida pelo seu trabalho pioneiro sobre a desigualdade salarial entre homens e mulheres. Seu livro de 1990, “Understanding the Gender Gap: An Economic History of American Women” (Entendendo a Disparidade de Gênero: Uma História Econômica das Mulheres Norte-Americanas), foi uma análise influente das raízes dessa desigualdade. Ela também realizou estudos sobre o impacto da pílula anticoncepcional nas decisões de carreira e casamento das mulheres, sobre o sobrenome das mulheres após o casamento como indicador social e sobre os motivos pelos quais as mulheres são hoje a maioria dos estudantes de graduação.

As descobertas de Claudia Goldin têm vastas implicações sociais. Ao entender o problema e chamá-lo pelo nome certo, poderemos pavimentar um caminho melhor para o futuro, afirmou Randi Hjalmarsson, membro do comitê do Prêmio de Economia.

Apesar do progresso, a desigualdade de gênero ainda persiste no mercado de trabalho e em outras áreas. Goldin foi reconhecida por seu trabalho em trazer luz a esse problema e promover mudanças significativas na sociedade.

O Prêmio Nobel de Economia não é um dos prêmios originais estabelecidos pelo testamento de Alfred Nobel, mas é uma adição posterior ao conjunto de prêmios. Foi estabelecido e financiado pelo Banco Central da Suécia em 1968. O primeiro prêmio de Economia foi concedido no ano seguinte.

A notícia da premiação de Goldin trouxe à tona a questão da representatividade no Nobel de Economia. Assim como nos outros prêmios Nobel, a grande maioria dos laureados foi composta por homens. Até o momento, apenas duas mulheres receberam o prêmio anteriormente.

Em resumo, o Prêmio Nobel de Economia de 2023 foi concedido à historiadora econômica Claudia Goldin, em reconhecimento ao seu trabalho sobre a desigualdade salarial entre homens e mulheres. A pesquisa de Goldin forneceu o primeiro relato abrangente dos ganhos e da participação das mulheres no mercado de trabalho ao longo dos séculos. Sua premiação destaca a importância de abordar e combater a desigualdade de gênero em todas as áreas da sociedade.

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