O coordenador brasileiro do grupo de trabalho, Marden Barboza, salientou que o G20 não estabelece regras para o mundo, mas lança ideias, boas práticas e experiências que podem ser adotadas, caso seja do interesse dos países. Ele explicou que o objetivo é criar uma biblioteca de ideias disponíveis aos países-membros. O Brasil, que atualmente preside o G20, vê nisso uma oportunidade para apresentar temas de interesse estratégico e buscar sensibilizar outros países.
Na reunião, foram discutidos quatro temas que foram bem-aceitos pelos membros. A primeira prioridade é o financiamento de infraestruturas resilientes às mudanças climáticas. Os países estão preocupados em adaptar suas infraestruturas para lidar com efeitos extremos, como desastres climáticos, deslizamentos, seca e enchentes. O objetivo é sistematizar experiências que busquem melhores soluções e práticas possíveis, além de soluções para investimentos que causem impactos positivos no enfrentamento de efeitos climáticos extremos.
A segunda prioridade visa a relação direta entre infraestrutura e redução da pobreza, buscando desenvolver conhecimentos que viabilizem investir mais e melhor em infraestruturas que atendam populações mais carentes. A terceira prioridade busca a mitigação do risco cambial no financiamento de projetos de infraestrutura, considerando a preocupação do setor privado em investir em países onde o câmbio apresenta volatilidade. Por fim, a quarta prioridade é a integração transfronteiriça, explorando as melhores práticas e experiências no tema.
Após a primeira reunião, serão feitos pequenos ajustes no texto a ser discutido, com a expectativa de que na próxima reunião, em abril, haja mais material para debates. Este é o primeiro passo para o G20 alcançar um consenso e criar um ambiente propício para a discussão e troca de ideias sobre as prioridades estabelecidas.
