Com a promessa de um plano de “motosserra” para reduzir o tamanho do Estado e cortar gastos, Milei assumiu o cargo em dezembro em meio a uma campanha polêmica. Essas medidas foram bem recebidas pelos mercados e investidores, incluindo o Fundo Monetário Internacional (FMI), que alertou sobre os meses difíceis que estão por vir para os argentinos comuns, prevendo uma contração econômica este ano.
Espera-se que a “lei ônibus” seja debatida na Câmara dos Deputados na quarta-feira, após o governo ter removido a seção fiscal principal, que causou oposição devido aos aumentos de impostos e às reformas previdenciárias. Essa concessão por parte do governo foi vista como um passo para evitar a rejeição do projeto de lei no Congresso, onde Milei tem apoio apenas da minoria.
A notícia da provável aprovação da “lei ônibus” teve um impacto positivo nos mercados, com o índice de ações S&P Merval subindo 1% na terça-feira e os títulos soberanos registrando leve alta. No entanto, o governo ainda enfrenta o desafio de cumprir as promessas de um déficit zero este ano, ao mesmo tempo em que precisa reverter a contração econômica prevista.
No mercado paralelo, a taxa de câmbio estava acima de 1.200 pesos por dólar na terça-feira, bem acima da taxa oficial controlada de 826 pesos. Nos mercados futuros, o dólar estava sendo negociado a 1.273 pesos no final de junho, refletindo as expectativas de uma queda acentuada.
Apesar das perspectivas positivas em relação à aprovação da “lei ônibus”, o governo ainda enfrenta desafios significativos para reverter a situação econômica do país. O projeto de reforma econômica de Milei é considerado crucial para atingir esse objetivo, mas ainda há incertezas em relação aos impactos de longo prazo das medidas propostas.
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