Esses brasileiros estão abrigados em uma residência alugada pela embaixada brasileira na cidade de Rafah, próxima à fronteira com o Egito. Shahed Al-Banna, uma brasileira de 18 anos que está em Gaza há cerca de 1 ano e meio, agradeceu o apoio do povo brasileiro e da embaixada brasileira. Ela relatou que filmou o momento em que a bomba caiu próximo ao supermercado onde estavam, compartilhando imagens da fumaça produzida pelo ataque.
Outro brasileiro, Hasan Habee, que é de origem palestina e reside em São Paulo com sua esposa e duas filhas menores, também recebeu apoio da embaixada brasileira. Segundo ele, a equipe da embaixada entregou alimentos e água na residência onde está hospedado na cidade de Khan Yunis. Habee agradeceu ao governo do Brasil, ao embaixador brasileiro e à equipe da embaixada pelo fornecimento desses itens essenciais, uma vez que estavam enfrentando uma situação crítica de falta de água potável.
O Ministério das Relações Exteriores informou que o escritório de representação do Brasil em Ramala, na Palestina, tem mantido contato direto com os brasileiros em Gaza, oferecendo também apoio psicológico. O embaixador brasileiro no local, Alessandro Candeas, ressaltou que a embaixada brasileira foi alertada sobre a escassez de água e alimentos na região, e por isso enviou recursos para auxiliar os brasileiros.
Vale destacar que a população da Faixa de Gaza vive sob cerco imposto por Israel, enfrentando grandes dificuldades no abastecimento de água, eletricidade e alimentos. Segundo a ONU, a escassez de água representa um risco para a saúde da população local. O último boletim da Agência da ONU de Assistência para os Refugiados da Palestina alertou para a situação crítica, destacando que, sem água, as pessoas podem morrer e que os serviços de água e saneamento estão em colapso na região.
Portanto, a ajuda fornecida pela embaixada brasileira é de extrema importância para os brasileiros na Faixa de Gaza, no sentido de garantir o acesso a itens essenciais como água, alimentos e medicamentos. Enquanto aguardam pela abertura da fronteira, esses brasileiros enfrentam uma situação de grande vulnerabilidade em meio aos bombardeios e à escassez de recursos básicos.