INTERNACIONAL – Efeitos colaterais de remédios podem afetar a habilidade de dirigir, alerta Abramet

Associação alerta sobre os efeitos de medicamentos na capacidade de dirigir

A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) tem chamado a atenção para os efeitos colaterais de certos medicamentos que podem afetar diretamente a habilidade de dirigir. Segundo a entidade, o uso de remédios, em especial os que contêm substâncias psicoativas, pode comprometer o desempenho na condução veicular e aumentar o risco de acidentes.

Como forma de orientar os médicos do tráfego e demais profissionais de saúde, a Abramet publicou uma diretriz de conduta médica, que avalia o impacto do uso de diversos medicamentos na capacidade de dirigir veículos. A entidade destaca que remédios como ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, antidepressivos, analgésicos opióides, anti-histamínicos, anfetaminas, antipsicóticos e relaxantes musculares podem afetar a segurança na direção.

A preocupação da Abramet é justificada pelo aumento do consumo de remédios no Brasil, especialmente durante a pandemia de Covid-19. De acordo com dados divulgados pela Fundação Instituto de Administração e pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo, a compra de medicamentos já responde por 6,5% dos gastos das famílias brasileiras. Além disso, o consumo de medicamentos psiquiátricos teve um grande aumento nesse período, com crescimento de 10% no uso de remédios para ansiedade, 33% no uso de sedativos e 34% no uso de antidepressivos.

Diante desse cenário, a importância de alertar a população sobre os riscos associados ao uso de medicamentos e à condução de veículos se torna cada vez mais evidente. A Abramet destaca que a Organização Mundial da Saúde (OMS) já incluiu o consumo de remédios entre os fatores de risco para sinistros de trânsito em 2015, e em 2018 a Organização das Nações Unidas (ONU) também abordou o tema em uma resolução sobre segurança viária.

Além de orientar os médicos sobre os riscos dos medicamentos, a Abramet também faz um alerta aos próprios motoristas. A entidade destaca que remédios para dor, depressão, insônia, epilepsia, alergias, doenças dos olhos, emagrecimento e gripe, entre outros, podem causar tontura, dificuldade de concentração, confusão, sonolência e sedação, afetando a capacidade de dirigir de forma segura.

Fica evidente, portanto, a importância de informação e conscientização sobre o uso de medicamentos e sua influência na capacidade de dirigir. A diretriz publicada pela Abramet serve como um alerta não apenas para os profissionais de saúde, mas também para a população em geral, visando reduzir os riscos de acidentes e garantir a segurança no trânsito.

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