A carta aborda diversos temas, como a defesa e o fortalecimento da democracia, a integração regional, o respeito às minorias, o combate a discriminações, o desenvolvimento sustentável, a preservação do meio ambiente, a agricultura familiar e o combate à fome. Os ativistas presentes na reunião também criticaram o acordo de livre comércio que está sendo negociado entre o Mercosul e a União Europeia, argumentando que os termos colocam em risco a sabedoria e os interesses dos povos e territórios locais.
Dentre os representantes dos movimentos sociais que participaram da leitura da carta, destacou-se Mariana Duarte, da União de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro). Ela enfatizou a importância da participação dos movimentos sociais na transformação da sociedade, destacando que espera que os presidentes dos países integrantes do Mercosul leiam o documento e considerem as propostas apresentadas.
Após a Cúpula Social, o Museu do Amanhã passou por uma varredura de segurança para receber as autoridades nos próximos dias. Estão previstas reuniões de ministros das Relações Exteriores e da Fazenda, além de um encontro entre os presidentes dos países do Mercosul. Alguns dos temas que devem ser discutidos nesses encontros incluem as negociações do acordo de comércio com a União Europeia, a concretização de um tratado com Singapura e a transição de governo na Argentina.
O Mercosul é um processo de integração regional que teve início em 1991 e, desde então, tem se expandido para incluir outros países da América do Sul. Atualmente, o bloco abrange uma área de 14.869.775 quilômetros quadrados e uma população de 295 milhões de habitantes, sendo composto por países como Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname. A reunião deste ano representa um marco importante na retomada da participação social no Mercosul e na discussão de demandas e propostas para a região.
