INTERNACIONAL – 2023 caminha para se tornar o ano mais quente já registrado, alerta serviço de mudanças climáticas da União Europeia.

O ano de 2023 está a caminho de se tornar o mais quente já registrado, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (5) pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia. Até o momento, a temperatura média global está 0,52ºC acima da média normal, de acordo com os cientistas.

Esse aumento preocupante é atribuído às mudanças climáticas, que estão sendo intensificadas pelos efeitos do fenômeno El Niño. O El Niño é responsável pelo aquecimento das águas superficiais no leste e centro do Oceano Pacífico, o que contribui para as altas temperaturas registradas recentemente.

Segundo Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus, as temperaturas observadas em setembro foram sem precedentes para a época do ano e quebraram recordes em número extraordinário. Ela afirmou que esse mês extremo colocou 2023 no caminho de se tornar o ano mais quente, cerca de 1,4ºC acima das temperaturas médias pré-industriais.

Além disso, a temperatura média global de janeiro a setembro deste ano é 1,4ºC mais alta do que a média pré-industrial, que compreende o período de 1850 a 1900. Esse aumento das temperaturas tem sido impulsionado pelas mudanças climáticas e por fenômenos climáticos de curto prazo.

Setembro de 2023 foi considerado o mês mais quente já registrado globalmente, com uma temperatura 0,93°C acima da média para o mesmo mês entre 1991 e 2020. Os dados analisados remontam a 1940 e mostraram que a temperatura global mensal foi a mais atípica de todos os anos.

A vice-diretora do Copernicus ressaltou a urgência de uma ação climática ambiciosa, especialmente com a proximidade da COP28, conferência da ONU sobre mudanças climáticas. Ela destacou a importância de se tomar medidas urgentes diante desse cenário alarmante.

Apesar do ano passado não ter batido o recorde de temperatura, o mundo ainda ficou 1,2ºC mais quente em relação à era pré-industrial. Os recordes anteriores pertenciam a 2016 e 2020, quando as temperaturas foram cerca de 1,25°C mais altas.

O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas, alertou para a preocupação especial com o desenvolvimento contínuo do fenômeno El Niño. Ele afirmou que é possível esperar que essas temperaturas recordes continuem por meses, com impactos significativos no meio ambiente e na sociedade.

Essas análises do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus são baseadas em bilhões de medições feitas por satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas em todo o mundo. É importante ressaltar que a reprodução desse conteúdo é proibida.

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