Uma das razões apontadas para esse cenário positivo foi o drástico corte nos gastos do governo, aliado à oferta adicional de dólares da petroleira americana Chevron, que voltou a atuar no país. Esse influxo de moeda estrangeira tem contribuído para valorizar a moeda local, promovendo uma estabilização nos preços.
O presidente Nicolás Maduro, que assumiu o poder em meio a uma crise econômica sem precedentes, tem adotado medidas para conter a inflação. Segundo especialistas, a estratégia de combinar restrições monetárias e fiscais rigorosas, ao mesmo tempo em que permite o livre fluxo de dólares, tem surtido efeito.
Para Maduro, a meta é estabelecer uma inflação anual de dois dígitos até 2024. As vendas de dólares quase dobraram em dezembro do ano passado, e o governo tem mantido um controle rígido sobre as despesas, que tem surtido efeito na contenção da inflação.
Além disso, a presença da Chevron como um dos principais fornecedores no mercado cambial local tem impactado positivamente na economia venezuelana, culminando em um fortalecimento de 2,4% do bolívar em janeiro. No entanto, especialistas alertam que as eleições presidenciais marcadas para este ano serão um teste crucial para a capacidade do governo de Maduro de manter a disciplina monetária e fiscal.
Diante de todos esses avanços, a Venezuela parece estar traçando um novo caminho rumo à estabilidade econômica, após anos de crise e hiperinflação. Resta agora aguardar para ver se o país será capaz de manter essa trajetória positiva e superar os desafios que ainda se apresentam.
