Inflação na Argentina desacelera para 13,2% em fevereiro, mesmo com novas medidas de austeridade de Milei e encontro com Yellen do G20

A Argentina enfrentou uma desaceleração na inflação em fevereiro, com o índice atingindo 13,2%. Essa queda é a segunda consecutiva e reflete o impacto da maxidesvalorização de 54% do peso realizada nos primeiros dias do governo de Javier Milei, em dezembro. Ao longo dos anos, a economia argentina tem sido penalizada por uma inflação descontrolada, e as medidas adotadas pelo novo governo, como o fim de congelamentos de preços e cortes de gastos públicos, benefícios e subsídios, contribuíram para limitar o consumo e empurrar o país para uma recessão mais profunda.

O ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou em um evento em Buenos Aires que a expectativa é que a inflação mensal desacelere para menos de 10% até meados de 2024. Milei, que durante a campanha eleitoral prometeu dolarizar a economia argentina, pretende introduzir uma “competição de moedas”, na qual o dólar americano também poderia se tornar moeda corrente no país.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está aberto a discutir um novo programa de empréstimos com a Argentina para substituir o atual de US$ 44 bilhões. Apesar da inflação ter diminuído desde o pico de 25% em dezembro, a eliminação dos subsídios estatais por Milei está contribuindo para um equilíbrio nas contas públicas, porém, também está restringindo o consumo e agravando a recessão econômica.

Prevê-se que março seja um mês desafiador, com o retorno das crianças às escolas e negociações salariais com sindicatos. O corte surpresa da taxa de juros na Argentina, de 100% para 80%, anunciado pelo presidente do banco central, Santiago Bausili, também reflete a tentativa de combater a inflação e reconstruir as reservas internacionais do país.

Enquanto na Argentina a inflação está em 13,2%, no Brasil a taxa está em 4,50%, com o BC cortando a taxa básica de juros para 11,25% ao ano. O presidente Lula tem criticado a política monetária do BC brasileiro, que considera a taxa de juros muito alta e prejudicial ao crescimento econômico.

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