Em entrevista ao jornal O Globo, Gorinchteyn explicou que a decisão de deixar a equipe de pré-campanha se deu devido à “dificuldade de alinhamento” com Boulos. Segundo o infectologista, eles tentaram elaborar uma nota conjunta no início do conflito, porém, não conseguiram chegar a um consenso sobre o texto. A troca de mensagens pelo aplicativo de WhatsApp mostrou que cada um tinha sua questão ideológica e, por isso, foi difícil alcançar uma posição comum.
No último sábado, Boulos fez uma publicação em suas redes sociais comentando o conflito após parlamentares bolsonaristas tentarem associá-lo ao grupo Hamas. Na postagem, Boulos afirmou que sua defesa do povo palestino é pública, mas condenou “ataques violentos a civis” e defendeu uma solução “pacífica e duradora” para a região da Faixa de Gaza.
A divergência de posicionamento entre Boulos e Gorinchteyn vem em um momento crucial para a pré-campanha do deputado, que busca ampliar sua base de apoio. A saída do infectologista pode representar um obstáculo para a campanha, já que Gorinchteyn é um especialista renomado na área da saúde, o que poderia agregar credibilidade ao discurso de Boulos nesse tema.
Diante dessa situação, cabe a Boulos buscar uma nova equipe para a pré-campanha, além de refletir sobre a importância de alinhar o discurso com seus colaboradores. A diferença de posicionamentos políticos e ideológicos é uma questão que deve ser considerada pelos candidatos, afinal, a coesão entre a equipe é fundamental para o sucesso de uma campanha eleitoral.
Resta aguardar os desdobramentos desse episódio e ver como Boulos lidará com as consequências da saída de Gorinchteyn de sua equipe de pré-campanha. A disputa pela prefeitura de São Paulo promete ser acirrada, e cada movimento político pode ser determinante para o resultado final.