Em comparação com outubro de 2022, o faturamento real da indústria apresentou um recuo de 0,8%. Já o índice acumulado do ano até outubro registrou uma queda de 1,0% em relação ao mesmo período de 2022.
Além disso, as horas trabalhadas na produção industrial não apresentam crescimento há quatro meses e tiveram uma queda de 0,4% em relação a setembro, também na série livre de ajustes sazonais. Na comparação com outubro de 2022, o recuo foi de 0,5%, e no acumulado do ano, de 0,4%.
No entanto, houve um ligeiro avanço de 0,1% no emprego industrial em outubro. Ainda assim, o indicador tem tido avanços e recuos ao longo do ano, com recuo de 0,5% em relação a outubro de 2022. No acumulado do ano, o índice mostra um crescimento de 0,3% em comparação com o mesmo período de 2022.
O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, avaliou que os índices dos últimos meses demonstram uma clara perda de dinamismo da atividade e do mercado de trabalho industrial.
A massa salarial real da indústria também registrou queda em outubro, 0,3% em relação a setembro. No entanto, mesmo com recuos em sete meses do ano, o forte crescimento de abril de 2023 levou o índice a um patamar superior ao de 2022. A massa salarial em outubro de 2023 encontra-se 1,0% acima do registrado em outubro de 2022, e a alta alcança 3,0% no acumulado do ano até outubro em relação ao mesmo período de 2022.
O rendimento médio real na indústria também sofreu uma queda de 0,4% em outubro em relação a setembro. Apesar disso, em comparação com outubro de 2022, o rendimento médio real apresentou um crescimento de 1,5%. No acumulado do ano até outubro, o avanço foi de 2,7%.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) atingiu 78,8% em outubro, uma ligeira alta de 0,2 ponto percentual em relação a setembro. No entanto, em comparação com outubro de 2022, a UCI registrou uma queda de 1,0 ponto percentual.
Esses dados apontam para um cenário de desaceleração da indústria, refletindo a atual conjuntura econômica do país.