INCLUSÃO – Centro de Atendimento ao Surdo celebra festejos juninos

Inclusão e interação. Estas são as principais ferramentas adotadas pelos profissionais do Centro de Atendimento ao Surdo (CAS) para promover o desenvolvimento integral dos mais de 80 alunos acolhidos no espaço localizado na Jatiúca, em Maceió. E para comemorar os festejos juninos, o CAS foi palco de um arraiá mais que especial nessa quarta-feira (14), com direito a muita música e comidas típicas, mobilizando professores, estudantes e familiares.

A ideia da quadrilha inclusiva veio dos professores e teve como objetivo auxiliar no processo de ensino e aprendizagem, proporcionando um importante momento de interação e troca de experiências. O encontro representou também a culminância de uma série de atividades realizadas no centro ao longo deste ano, com o mês de junho sendo reservado às tradições nordestinas.

“Abordamos todas as regiões brasileiras e, por óbvio, deixamos o Nordeste para o mês junino. É uma forma mais simples de trabalharmos a cultura, culinária, danças e festividades desta época do ano. Durante a nossa festa, temos momentos de interação entre os alunos de salas diferentes, e as famílias também podem acompanhar as atividades, o que é muito prazeroso”, afirma Tarciana Rodrigues, professora de educação física. O CAS, inclusive, é descrito por seus frequentadores como uma segunda casa, onde o aprendizado vai além da comunicação, como explica a coordenadora Suzana Dória.

“Nossos alunos podem utilizar sua língua oficial em uma festa preparada especialmente para eles, e isso é enriquecedor para todos. Temos toda a estrutura para que a pessoa surda aproveite momentos como este, e para que a família também possa curtir com absoluta tranquilidade’’, destaca a coordenadora, acrescentando que todos os alunos foram previamente apresentados às festas juninas, para que, dessa forma, pudessem compreender seu verdadeiro significado.

Atualmente, o CAS acolhe 81 pessoas, entre adultos e crianças surdas, e mais de 300 pessoas ouvintes, que integram os cursos de libras e formação de professores. O CAS também oferta cursos de línguas de sinais, bastando apenas que o interessado se dirija ao centro com um documento de identificação para efetuar sua matrícula.

Alessandra Pimentel é mãe de Gabriel, que tem 22 anos e frequenta o CAS desde a adolescência. Concluinte do ensino médio, ele já se prepara para ingressar em um curso profissionalizante, ao tempo em que intensifica os estudos para, por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cursar Letras, com habilitação em Libras, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

“Festa junina é sempre muito bacana. Amo o CAS. Gosto de estar aqui, de estar junto dos meus amigos surdos’’, conta Gabriel, cuja mãe reforça a importância da assistência prestada pelas equipes da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). “Essa iniciativa é muito importante. Meu filho faz questão de participar das festas. Ele fica muito animado e sempre pede para estar aqui’’, confirma Alessandra.

PRÓXIMOS EVENTOS

Ainda com foco nas festas juninas, outras escolas da rede estadual também vão comemorar, com eventos em todos os espaços destinados à educação especial. Nesta sexta-feira (16), a escola Cyro Accioly, no Centro, e o Centro de Educação Especial Professora Wandette Gomes de Castro, no bairro do Poço, também terão seus festejos.

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