Impactos ambientais do descarte de máscaras podem durar anos

Foto: Edilson Omena

O descarte incorreto de máscaras pode gerar profundos impactos ambientais e durar anos. Só no Brasil, estima-se que em mais de um ano de pandemia 12 bilhões de máscaras foram descartadas. E onde todo esse material vai parar? A depender do destino dado pode chegar a rios, nascentes, lagoas e mares. A Agreste Saneamento, pertencente ao grupo Iguá, suscita o debate e reforça a necessidade de formas de consumo cada vez mais conscientes.

A utilização de máscaras é indispensável para proteger a população, sendo uma das mais importantes formas de prevenção à Covid-19. De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, esses equipamentos de proteção são classificados como material infectante Grupo A, isto é, contêm partículas que podem causar algum tipo de contaminação. Por isso, o descarte precisa obedecer a regras que minimizem o impacto ao meio ambiente e à saúde pública. É neste ponto, segundo a diretora geral da Agreste Saneamento, Angela Lins que devem ser concentrados esforços para a conscientização.

“Todos os resíduos gerados precisam ter uma destinação adequada e essa máxima se aplica ao uso destes Equipamento de Proteção Individual (EPI’s) que há mais de um ano foi incorporado em nossa rotina. Por isso, precisamos falar exaustivamente, conscientizar a população sobre os riscos destes itens indo parar em cursos d´água. Pode parecer pouco se avaliarmos o cenário de maneira isolada. Entretanto, estamos falando de muitas pessoas utilizando várias delas, diariamente. Isto gera um impacto nocivo ao meio ambiente porque aquela máscara que caiu na rua, esquecida no calçadão ou na faixa de areia pode ser levada pela chuva, ou conduzida até o mar. São vários exemplos que nos alertam sobre como o descarte precisa ser levado a sério”, pontua.

Pequenos cuidados fazem a diferença
A água permeia todo o processo de combate à doença: seja na lavagem das mãos, das máscaras reutilizáveis e, portanto, também é preciso pensar em maneiras de não agressão a esse recurso tão precioso. Angela elenca quais cuidados básicos devem ser reforçados ou incorporados à rotina.

“Cuidar da água é um hábito que reflete na saúde das pessoas e na preservação ambiental. Em tempos de pandemia, essa preocupação precisa se estender, por exemplo, na manipulação das máscaras desde o primeiro uso, com a lavagem adequada e utilizando a água de maneira responsável, evitando desperdícios”.

É importante frisar que ao fim de vida útil da máscara, ela deve ser desprezada em um saco plástico, se possível identificado e depositado em um ponto de coleta de lixo, para que seja destinado a aterros sanitários. É preciso manter esse material longe de pontos de reciclagem para evitar o extravio em vias públicas. Com as máscaras descartáveis o cuidado deve ser redobrado.

Sustentabilidade é a base
Responsável pelo fornecimento de água tratada e pelo tratamento de esgoto para mais de 6 milhões de brasileiros em 5 estados, a Iguá amplia seus projetos de conservação hídrica e define metas significativas, como o comprometimento com a redução de perdas. A companhia também desenvolve um Plano de Segurança Hídrica que contempla iniciativas que visam desde a conservação de mananciais, passando pelo monitoramento de qualidade durante todo o ciclo da água e do esgoto, até a gestão de resíduos, além de outras iniciativas mo estudos sobre a disponibilidade hídrica, visando mitigar o risco de escassez.

A sustentabilidade é um pilar que permeia toda a companhia. Em agosto de 2020, a Iguá foi a primeira empresa do país a emitir debêntures de infraestrutura sustentáveis (green & social). Os papéis, que totalizaram R$ 880 milhões receberam da SITAWI Finanças do Bem o selo de sustentáveis, em reconhecimento ao seu impacto socioambiental.

Membro do Pacto Global da ONU, a Iguá Saneamento assumiu compromissos públicos como universalização do saneamento até 2030; ser carbono neutro até 2030; aumentar para 45% a participação de mulheres em cargos de liderança e para 50% a presença de negros em toda a organização até 2025; aprimorar o aproveitamento hídrico e implementar estudos de impacto das mudanças climáticas em seus mananciais; e adotar processo de homologação de fornecedores até dezembro de 2021, replicando as premissas sustentáveis da companhia em sua cadeia de suprimentos.

A companhia definiu quatro pilares essenciais que orientam a realização das ações socioambientais em todas as suas unidades operacionais, constituindo o planejamento estratégico SERR – Segurança hídrica; Eficiência na produção e distribuição de água; Responsabilidade na coleta e tratamento de esgoto; e Respeito às pessoas. “Com o SERR, a Iguá assume um posicionamento importante sobre como tudo isso será feito ao reforçar a visão de longo prazo e envolver todas as partes relacionadas nesse processo, como nossos colaboradores, clientes, fornecedores e as comunidades onde atuamos”, explica Rosane Santos, diretora de Sustentabilidade da Iguá.

“Não apenas isso. A companhia se volta também para a questão da conservação de mananciais, para a inclusão e diversidade, para a qualidade de vida e de trabalho de nossos colaboradores e, especialmente, para nossos clientes, olhando para eles como parte integrante de comunidades que são, cada vez mais, impactadas positivamente com o serviço de saneamento básico em seus múltiplos aspectos, tais como redução de doenças de veiculação hídrica, conservação ambiental, valorização econômica e do espaço público em geral, entre outros”, acrescenta.

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