IBGE: 29,4 milhões de domicílios receberam auxílio emergencial em junho

Em junho, cerca de 29,4 milhões de domicílios receberam algum auxílio relacionado à pandemia (como o Auxílio Emergencial e o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda), correspondendo a 43% do total de domicílios (68,3 milhões) no país. Em maio, eram 26,3 milhões de domicílios, atingindo cerca de 38,7% do total. O valor médio do benefício foi de R$ 881 por domicílio. Nas regiões Norte e Nordeste, respectivamente, 60,0% e 58,9% receberam esse tipo de auxílio.

Entre os 83,4 milhões de trabalhadores do país, cerca de 14,8 milhões estavam afastados do trabalho e, entre estes, 7,1 milhões estavam sem remuneração, o equivalente a 48,4% dos trabalhadores afastados. Em maio, este percentual chegou a 51,3%, o equivalente a 9,7 milhões de pessoas. No Nordeste, 51,8% das pessoas afastadas do trabalho estavam sem remuneração.

O percentual de afastados devido à pandemia caiu de 18,6% para 14,2% dos ocupados, de maio para junho, totalizando 11,8 milhões de pessoas. O Nordeste apresentou o maior percentual de pessoas afastadas do trabalho devido ao distanciamento social (20,2%), seguido pela região Norte, (17,1%), enquanto o Sul foi a região menos afetada (7,8%). Em todas as grandes regiões, caiu a proporção de pessoas afastadas devido ao distanciamento social.

Em junho, a 27,3% da população ocupada (ou 18,7 milhões de pessoas) trabalharam menos do que a sua jornada habitual, enquanto cerca de 2,6 milhões de pessoas trabalharam acima da média habitual. A média semanal de horas efetivamente trabalhadas (29,5h) no país ficou abaixo da média habitual (39,8h).

Efeito similar foi observado no rendimento efetivo dos trabalhadores (R$ 1.944), que ficou 16,6% abaixo do rendimento habitual (R$ 2.332). Em maio, essa relação era de 18,5%.

A taxa de desocupação foi de 12,4% em junho, um aumento de 1,7 ponto percentual em relação a maio (10,7%). A taxa cresceu em todas as grandes regiões de maio para junho, passando de 11,2% para 13,2% no Nordeste, de 10,9% para 12,9% no Sudeste, de 11,4% para 12,4% no Centro-Oeste, de 11,0% para 12,3% no Norte e de 8,9% para 10,0% no Sul.

Em junho, cerca de 15,5 milhões de pessoas (ou 7,3% da população) tiveram algum dos sintomas de síndromes gripais. Em maio, foram 11,4% da população com algum sintoma (24 milhões). Em termos do indicador síntese, 2,4 milhões de pessoas (ou 1,1% da população) apresentaram sintomas conjugados de síndrome gripal que podiam estar associados à Covid-19 (perda de cheiro ou sabor ou febre, tosse e dificuldade de respirar ou febre, tosse e dor no peito), contra 4,2 milhões em maio (2,0% da população).

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD COVID19) e fazem parte das Estatísticas Experimentais do IBGE. As tabelas e a apresentação da pesquisa estão disponíveis à direita desta página. Saiba mais sobre as ações do IBGE no combate à pandemia no hotsite covid19.ibge.gov.br.

43% dos domicílios receberam algum auxílio monetário relacionado à pandemia

Em junho, cerca de 29,4 milhões de domicílios receberam auxílio emergencial, correspondendo a 43% do total de domicílios (68,3 milhões) no país. Em maio, eram 26,3 milhões de domicílios, atingindo cerca de 38,7% do total.

O valor médio do benefício foi de R$ 881 por domicílio. O percentual de domicílios recebendo o auxílio aumentou em todas as grandes regiões, sendo que Norte e Nordeste foram as que apresentaram os maiores percentuais, 60,0% e 58,9%, respectivamente.

Percentual de domicílios que receberam algum auxílio relacionado à pandemia e o valor médio recebido no domicílio – Brasil e Grandes Regiões – maio e junho de 2020

O auxílio emergencial atingiu cerca de 80% dos domicílios dos dois primeiros décimos de renda (até R$ 242,15) e cerca de 3/4 dos domicílios do terceiro décimo (até R$ 354,18). Cerca de 74,2% dos domicílios que receberam o auxílio tinham renda domiciliar per capita de até R$ 665,11.

Cerca de 104,5 milhões de pessoas viviam em domicílios onde pelo menos um morador recebia auxílio emergencial. Este contingente representa 49,5% da população do país. No primeiro décimo de renda domiciliar per capita (até R$ 50,34), 83,5% das pessoas viviam em domicílios que receberam o benefício (em maio eram 76%), e nos domicílios do segundo décimo (até R$ 242,15) este percentual chegou a 86,1% (em maio eram 81,1%). O auxílio emergencial também teve efeitos relevantes na renda domiciliar per capita, sobretudo nos primeiros décimos de renda

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