Nesta segunda-feira, 12, o navio graneleiro Star Iris foi atacado por rebeldes houthis do Iêmen com dois mísseis, enquanto se dirigia do Brasil para Bandar Khomeini, no Irã. O incidente causou pequenos danos à embarcação, mas a tripulação não sofreu ferimentos, de acordo com as autoridades.
O Star Iris, que é de bandeira das Ilhas Marshall e operado pela Grécia, é mais um exemplo de navios que têm sido alvos dos houthis nas rotas pelo Mar Vermelho, pelo Golfo de Áden e pelo Estreito de Bab el-Mandeb, que liga as duas vias navegáveis.
A empresa de segurança privada Ambrey informou que o navio sofreu danos em seu lado estibordo no ataque e que o Irã era o destino provável devido às negociações regulares de cargas a granel realizadas com o país.
Os houthis descreveram o Star Iris como uma embarcação “americana” e disseram que o navio foi alvo de vários mísseis. Já a empresa proprietária do navio, Star Bulk Carriers Corp., de Atenas, na Grécia, não respondeu a um pedido de comentário.
Este não é o primeiro ataque a navios da Star Bulk. Dias antes, o navio Star Nasia, também de propriedade da empresa, foi atacado pelos rebeldes iemenitas.
Em um comunicado após o ataque ao Star Iris, o porta-voz militar houthi, brigadeiro-general Yahya Saree, afirmou que os militares houthis “não hesitarão em realizar mais operações em retaliação aos crimes sionistas contra nossos irmãos na Faixa de Gaza, bem como em resposta à agressão americano-britânica em curso contra nosso querido país”.
O ataque aconteceu enquanto o Star Iris navegava pelo Estreito de Bab el-Mandeb, separando a África Oriental da Península Arábica. Segundo o capitão do navio, a embarcação foi atacada por dois mísseis, sofrendo danos menores. No entanto, tanto o navio quanto a tripulação estão seguros, e o navio segue para o próximo porto de escala.
O ataque ao Star Iris ocorre após os rebeldes houthis terem realizado uma pausa nos ataques a navios. As forças armadas dos EUA e da Grã-Bretanha têm realizado várias rodadas de ataques aéreos contra os arsenais de mísseis dos houthis no território controlado por eles.
Desde novembro, os rebeldes têm atacado repetidamente navios no Mar Vermelho por causa da ofensiva de Israel em Gaza. Os ataques colocam em risco a navegação em uma rota importante para o comércio entre a Ásia, o Oriente Médio e a Europa.
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