Segundo o hematologista do Hemoal, Artur Saldanha, o Hemocentro de Alagoas acompanha cerca de 300 pessoas diagnosticadas com a hemofilia. Ele destaca que a hemofilia é a principal doença hemorrágica do Brasil, com mais de 12 mil pacientes. O tratamento consiste na infusão do fator de coagulação que o paciente não possui no sangue. Esses pacientes nascem sem uma proteína no sangue, o que os leva a apresentar quadros de sangramento. A principal forma de adquirir esse fator de coagulação é por meio da doação de sangue, que é separado em plasma para produzir os fatores necessários para o tratamento.
De acordo com o Ministério da Saúde, pacientes com as formas grave e moderada da hemofilia apresentam sangramentos desde a infância, por isso é fundamental que o diagnóstico seja realizado precocemente para que os pacientes recebam o tratamento adequado o mais cedo possível.
Marilí Silva, uma doadora de sangue assídua, entende a importância de fazer sua doação para salvar vidas. Ela destaca a importância de doar sangue, pois nunca se sabe quando alguém próximo pode precisar. “Estou aqui doando para quem precisar. Sangue é vida, venham salvar vidas”, ressalta.
Segundo o Ministério da Saúde, existem dois tipos de hemofilia: o tipo A, que ocorre quando a pessoa tem deficiência do fator VIII, e o tipo B, caracterizada pela falta do fator IX da coagulação. Ambos são componentes importantes do sangue, e a ausência desses fatores ocorre devido a uma mutação nos genes presentes no DNA de cada pessoa, no núcleo das células.
Portanto, a conscientização sobre a hemofilia é fundamental para aumentar a compreensão e o apoio a pacientes com a doença, além de incentivar a doação de sangue, que é crucial para o tratamento dessas pessoas.