Grupo de 34 pessoas, incluindo 24 brasileiros, aguarda evacuação de Gaza, mas ataque a hospitais mina possibilidade de deslocamento.

Mais um capítulo dramático se desenrola no conflito entre Israel e Palestina, restringindo a liberdade de locomoção de um grupo que inclui 24 brasileiros, 7 palestinos com residência no país e 3 parentes. Após enfrentarem o fechamento da fronteira com o Egito por três dias seguidos, esses indivíduos tiveram que adiar a viagem rumo ao Brasil por pelo menos mais um dia.

O drama começou a chegar ao fim quando, na noite de quinta-feira, autoridades concederam a autorização para a passagem de 33 dos 34 membros do grupo. Porém, a situação se complicou quando se percebeu que a fronteira permanecia fechada.

A passagem está condicionada à transferência de ambulâncias transportando feridos de Gaza. No entanto, segundo o embaixador Alessandro Candeas, a intensificação de ataques a hospitais da região prejudica a possibilidade de deslocamento do comboio. “Até o momento, não há perspectiva para deslocamento desses veículos, pois há hospitais cercados e atacados, sem possibilidade de transferência de feridos do Norte para o Sul da Faixa”, explicou o diplomata.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ressaltou que o fechamento do posto de controle na fronteira com o Egito impediu a saída do grupo. Segundo ele, a situação é complexa devido à limitação de horários para abertura da passagem. “Há entendimento de que primeiro passa ambulância com feridos e só depois disso passam os nacionais de outros países. Foi o que aconteceu hoje, ontem e quarta”, explicou Vieira.

As negociações entre Brasil, Israel e Egito foram intensas para viabilizar a saída do grupo. Até o momento, apenas caminhões com ajuda humanitária haviam passado pela fronteira, entrando no território. Uma prova da gravidade da situação foi o fato de que mais de 1.200 pessoas morreram desde o ataque-surpresa do grupo terrorista Hamas a Israel em 7 de outubro.

As expectativas do governo brasileiro foram frustradas diante da demora em liberar a passagem do grupo. Novos desdobramentos são aguardados nas próximas horas para que os brasileiros finalmente possam deixar a Faixa de Gaza. Enquanto isso, o grupo continua a receber auxílio do governo brasileiro, incluindo abrigo e assistência financeira, enquanto permanecer na região.

A expectativa é de que, quando a fronteira for aberta, os brasileiros sejam repatriados e recebam acomodações em diferentes cidades brasileiras, incluindo algumas no interior de São Paulo. A situação segue tensa enquanto todos aguardam a abertura da passagem de Rafah, torcendo para que a ordem de passagem do grupo seja mantida para, finalmente, deixarem para trás a zona de guerra em Gaza.

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