Greve entra na 2ª semana e problemas crescem em agências bancárias

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A greve dos bancários completa duas semanas nesta terça-feira (20) sem previsão de retorno, e os relatos de transtornos provocados pelos serviços precários nos terminais de autoatendimento em Maceió só aumentam. Segundo balanço do Sindicato dos Bancários de Alagoas, cerca de 90% das agências estão fechadas no estado. A categoria cruzou os braços no último dia 6 para cobrar reajuste salarial.
O último levantamento da entidade registra 217 das 243 unidades fechadas. Em Maceió, o sindicato informou que a greve atinge todas as 88 agências. Os trabalhadores e o bancos ainda não chegaram a um acordo sobre as reivindicações (veja como pagar contas durante a greve).
Além da reclamação geral em relação aos depósitos, em alguns casos, quem consegue realizar a transação nos terminais eletrônicos fica sem o comprovante. Há avisos improvisados nas agências informando que a máquina de autoatendimento está sem papel para impressão.
O vendedor Cícero Bueno Silva disse que tentou fazer um depósito em uma agência do Banco do Brasil no centro de Maceió e não conseguiu. “Não tem envelope. Tenho que enfrentar fila em um Pague Fácil para ver se consigo fazer”, falou.

A dificuldade com relação ao depósito também foi a reclamação do lojista André Assunção. Ele disse que por causa do seu trabalho, precisa fazer muitas transações como esta, mas está cada vez mais difícil.
“A máquina não traz mais nem a opção para o depósito. Ontem já fui duas vezes na Casa Lotérica porque há um limite de R$ 1.500 para depósito e vou ter que voltar hoje”, reclamou o lojista, que estava em uma agência da Caixa Econômica também no Centro.
O presidente do sindicato da categoria em Alagoas, Jairo França, disse que não há expectativa para encerrar a greve. “Os banqueiros ainda não apresentaram nova proposta. Nossa esperança é que eles marquem uma nova reunião com a categoria”, afirmou.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), os bancos reapresentaram a proposta que já haviam feito na reunião de terça-feira (13), que terminou sem acordo. Na sexta-feira (9), os bancários já haviam recusado a outra proposta da Fenaban.

Reivindicações
A categoria havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil.
A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.
Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário.
Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
A Fenaban disse em nota que “o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa”.
G1 AL

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