Os cortes de verbas para cozinhas comunitárias e restaurantes que fornecem refeições diárias a milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade social têm gerado indignação e protestos. Organizações sociais e manifestantes se mobilizaram em todo o país sob o lema “A fome é o limite”, exigindo o restabelecimento do fornecimento de alimentos.
Além disso, Milei também implementou cortes nos orçamentos de universidades, apoio ao cinema e pesquisa científica, o que tem gerado impactos negativos em diversos setores da sociedade. O aumento dos preços dos medicamentos, muito acima da inflação geral, está levando muitas pessoas a optarem por abandonar seus tratamentos em prol de garantir sua alimentação diária.
A pressão popular tem se intensificado e o governo tem respondido com medidas cada vez mais duras, como a proibição de piquetes e o uso de força policial para reprimir manifestações. Os confrontos com as forças de segurança durante os protestos têm resultado em feridos e tensão nas ruas.
Apesar dos 100 dias de governo, Milei enfrentou derrotas no Congresso em relação a suas propostas de reformas econômicas, mostrando dificuldades em transmitir a urgência de suas medidas. A relação com os Brics e mudanças na política externa também têm gerado polêmica, assim como a decisão de transferir a embaixada argentina para Jerusalém.
Em meio a protestos e críticas, o desafio do governo de Milei é conciliar as demandas da população afetada pelas medidas de austeridade com a busca por equilíbrio nas contas públicas e recuperação econômica.