Governo Lula planeja enviar nova lista de brasileiros e familiares palestinos para sair da Faixa de Gaza rumo ao Brasil

O governo liderado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está se preparando para apresentar uma nova lista de brasileiros e familiares palestinos que buscam deixar a Faixa de Gaza e se mudar para o Brasil. Esta nova lista, que deve ser apresentada na próxima semana, é destinada a autoridades de Israel e do Egito. Atualmente, pouco mais de 50 pessoas compõem essa segunda leva, mas esse número pode ser reduzido à medida que os documentos são verificados e os requisitos estabelecidos pelas autoridades israelenses e egípcias são atendidos.

Na última segunda-feira, um grupo de 32 brasileiros e parentes palestinos conseguiu deixar a Faixa de Gaza e chegar ao Brasil a bordo de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). O grupo enfrentou mais de duas semanas de espera por autorização para cruzar a fronteira entre Gaza e o Egito, escapando assim da zona de conflito entre Israel e o grupo extremista palestino Hamas.

O presidente Lula pessoalmente recebeu o grupo de chegada e, durante o encontro, alguns dos recém-chegados solicitaram que o governo elaborasse uma nova lista para auxiliar outras pessoas que desejam deixar a área de conflito. Em uma conversa telefônica realizada nesta quinta-feira, Lula comunicou ao presidente de Israel, Isaac Herzog, que o Brasil enviará nomes adicionais de pessoas que desejam se mudar para o país sul-americano.

De acordo com fontes da área diplomática, o Brasil está aberto a conceder nacionalidade a palestinos que não possuem parentesco de primeiro grau com brasileiros, como parte do esforço para permitir o ingresso dessas pessoas no país. No entanto, a elaboração da lista deve seguir rigorosamente os critérios estabelecidos pelas nações que controlam as fronteiras.

Do contingente inicial de cerca de 7 mil estrangeiros que estavam na Faixa de Gaza quando o conflito começou no dia 7 de outubro, restam pelo menos 3,5 mil pessoas de outras nacionalidades na região. Com a capacidade de atendimento do posto de fronteira limitada a 500 pessoas por dia, a passagem dos brasileiros e palestinos que estarão na próxima lista pode levar cerca de duas semanas para se concretizar. A situação evidencia a complexidade e os desafios enfrentados por aqueles que buscam deixar a zona de conflito e recomeçar suas vidas.

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