As peças publicitárias contam com uma música entoada por um cantor gospel e personagens que expressam “glórias a Deus” pelos programas sociais do governo federal. O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, apresentou algumas inserções durante a conferência eleitoral do PT, em Brasília, no sábado. Ele fez um apelo para que a militância “busque dialogar” com quem não votou no presidente Lula nas eleições de 2022.
De acordo com Pimenta, o objetivo da campanha é atingir o público que considera “regular” o terceiro mandato de Lula, que é o segmento da população que cresceu significativamente durante as eleições. Uma pesquisa Datafolha revelou que 38% dos brasileiros aprovam a gestão de Lula, com uma taxa de reprovação ainda maior de 38% entre os evangélicos.
A música principal da campanha traz a mensagem de que “somos todos filhos, irmãos, parentes, cidadãos, de um Brasil gigante que nos quer ver crescendo”. A Secom divulgou que a campanha busca transmitir a mensagem de “combate ao negacionismo e a intolerância” e inclui uma peça em que dois familiares que brigaram por causa da vacina contra a Covid-19 fazem as pazes na ceia de Natal.
Essa iniciativa está alinhada com o que Lula abordou em seu discurso no evento petista, onde ele reconheceu as dificuldades para acessar o público mais conservador, especialmente o evangélico. Pesquisas internas do partido indicaram que a polarização política está enraizada no Brasil e pode influenciar as eleições municipais de 2024.
Portanto, a estratégia do governo é eleger mais prefeitos e vereadores no ano que vem para combater a onda conservadora. O ministro da Secom afirmou que é “proibido por lei” divulgar o nome de Lula nas campanhas publicitárias, mas está trabalhando para fornecer informações que combatam as “narrativas” bolsonaristas à militância petista. Com essas ações, o governo Lula busca conquistar uma parcela do público evangélico e reduzir a rejeição que essa parte da população tem em relação ao presidente.
