Governo de Alagoas reúne-se com CNJ e STJ para discutir investigações sobre o afundamento de bairros em Maceió causado pela Braskem.

Nesta quarta-feira (17), o governador Paulo Dantas, o senador Renan Calheiros, secretários estaduais e o ministro Luís Felipe Salomão, corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), se reuniram para discutir a Correição Extraordinária que está acontecendo em Alagoas. O objetivo é aprofundar as investigações sobre o afundamento de bairros em Maceió devido à mineração da Braskem.

Segundo o governador, a prioridade do Governo de Alagoas é garantir que as vítimas sejam atendidas de maneira justa, seguidas pelos comerciantes, membros da região metropolitana, prefeitos e, por último, o estado. Ele destacou a importância da presença do CNJ e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para obter informações sobre os desdobramentos do Caso Braskem. O governador mencionou que estudos apontam que entre 150 mil e 200 mil pessoas foram afetadas pelo crime ambiental causado pela Braskem.

A Correição Extraordinária é um procedimento interno do CNJ que visa punir internamente possíveis infrações disciplinares de servidores e pessoas sujeitas às normas da administração pública. Esta crise socioambiental na capital alagoana tem sido observada pelo CNJ desde o rompimento da Mina 18, em dezembro.

A procuradora-geral do Estado, Samya Suruagy, lembrou que a PGE entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar cláusulas do acordo feito entre a Braskem e a Prefeitura de Maceió. A ação tem como objetivo garantir que a empresa mineradora seja punida e não beneficiada com o maior crime ambiental e urbano do país. Neste acordo, a Braskem se compromete a pagar R$ 1,7 bilhão à prefeitura até o final de 2024, mas em troca, fica livre de qualquer nova indenização e de cobranças de impostos territoriais sobre os imóveis dos bairros afetados.

A secretária da Fazenda, Renata dos Santos, apresentou estudos feitos pelo Estado, que mostram os impactos diretos causados também à população. Segundo ela, além das perdas decorrentes da área afetada, estudos estimaram um valor de indenização da Braskem entre R$ 20 e R$ 30 bilhões.

A corregedoria do CNJ e representantes do governo e da justiça continuam a avaliar a situação, em busca de soluções justas para as vítimas e para a região afetada. O caso Braskem segue em pauta e novas reuniões e ações devem ocorrer nos próximos dias.

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