Essa determinação acarreta a dissolução da atual Comissão Executiva, formada em fevereiro deste ano. Os outros dois governadores tucanos, Raquel Lyra, de Pernambuco, e Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, também terão que deixar seus cargos de vice-presidentes no colegiado. Eduardo Leite terá 30 dias para convocar uma convenção a fim de eleger uma nova Executiva.
O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, foi o autor da ação que resultou no afastamento de Leite. Morando alegou que o governador do Rio Grande do Sul deveria ter deixado a presidência do partido em 31 de maio, data determinada para o término do mandato na ata da reunião da Comissão Executiva.
Em sua defesa, a liderança do PSDB argumentou que a prorrogação do órgão executivo foi decidida por unanimidade e que Orlando Morando consentiu com a votação e foi beneficiado com a extensão do mandato. No entanto, o tribunal rejeitou esse argumento. Segundo a Justiça Eleitoral, Eduardo Leite permaneceria como presidente do PSDB até novembro, não fosse a decisão proferida nesta segunda-feira, 11.
O afastamento de Leite traz repercussões políticas significativas para o partido. Eduardo Leite era uma das figuras influentes dentro do PSDB e seu afastamento da presidência pode gerar instabilidade e disputas internas pela liderança. Além disso, as decisões tomadas por Leite desde julho serão anuladas, o que pode acarretar mudanças nas diretrizes e estratégias do partido.
Apesar disso, o PSDB ainda aguarda a notificação oficial para recorrer da decisão e buscar reverter o afastamento de Eduardo Leite da presidência do partido. Resta aguardar os próximos desdobramentos e como isso pode impactar o cenário político não apenas no Rio Grande do Sul, mas também em âmbito nacional.